A Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA) ainda está com o projeto de lei 304/2017, que proíbe a comercialização de veículos novos movidos apenas por gasolina ou diesel no mercado brasileiro a partir de 2030.
Essa é a segunda comissão este ano que analisa o projeto. Em fevereiro, o projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), seguindo para a atual, onde permanece aguardando leitura no plenário desde 19 de fevereiro.
Agora, o texto – que inclui a proibição de circulação destes veículos no país, mas com algumas exceções, a partir de 2040 – espera que os senadores possam debater o assunto em uma nova rodada de discussões no Senado Federal.
Dessa forma, se for aprovado de modo geral e sancionado, o PL304/2017 permitirá apenas que, a partir de 2030, apenas carros com motores movidos a biocombustíveis como etanol e biodiesel, serão liberados para comercialização, assim como os elétricos.
Já a partir de 2040, fica proibida a circulação de carros apenas abastecidos com gasolina e diesel. Carros oficiais, diplomáticos, estrangeiros em visita e automóveis de coleção poderão circular livremente no país.
A comissão defende que os carros a gasolina e diesel representam um sexto da emissão mundial de CO2. Por ora, o mercado e a indústria teria pelo menos uma década para se adaptar no caso da comercialização.
Fora que ainda haverá mais 10 anos para uma redução drástica da frota atual em circulação, bem como adaptação do transporte de cargas à nova realidade.
Podemos esperar ainda por um movimento para resgatar muitos carros antigos ainda abastecidos apenas por gasolina, bem como diesel.
Um dos pontos que parecem claros no projeto é que esse movimento obrigará um enorme investimento em eletrificação no Brasil, ampliando ainda mais as vendas e os pontos de recarga para elétricos. O desenvolvimento de motores a álcool mais eficientes, como é o caso do projeto da Fiat, que deve tomar corpo em 2023.
Nos próximos anos, provavelmente o mercado voltará a ser como nos anos 80, com ampla oferta de veículos movidos por etanol. Contudo, será preciso que a indústria sucroalcooleira acompanhe essa mudança, afinal, serão eles a ganhar com isso.
[Fonte: Terra]
