Jogos de futebol com estádios vazios e automóveis esportivos têm algo em comum. Tanto os atletas em campo como os motoristas de diversos veículos ouvem sons virtuais, reproduzidos de forma artificial. Por causa da pandemia, os primeiros escutam incentivos de uma torcida que não está nas arquibancadas. Os segundos recebem sons fortes que não estão emanando do motor.

No retorno dos jogos de futebol, jogadores entraram em campo em estádios sem plateia. O “12º jogador”, que empurra o time para frente e tenta segurar o adversário, por enquanto tem de ficar em casa.

Para contornar a situação e manter o incentivo aos atletas no campo, clubes instituíram torcidas virtuais. Gravações reproduzidas pelo sistema de som dos estádios é a nova moda. Embora seja uma solução inusitada para quem está acostumado com futebol “normal”, não deve causar tanta surpresa para donos de carros esportivos. Há muito tempo, eles são “incentivados” por um ronco que não é exatamente o do motor.

Em automóveis, o som artificial veio para suprir a diminuição de ruído natural. No passado, com regras menos restritivas em relação à poluição sonora e ambiental, os carros tinham motores de maior cilindrada. E que faziam barulho sem a menor cerimônia.

Normas mais severas em relação a emissões, consumo e ruídos resultaram em diminuição de tamanho de motores. Esse processo é conhecido como downsizing. Por isso, a engenharia criou soluções que compensassem os ouvidos.

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