A Toyota traz boas oportunidades para funcionários que desejam trabalhar em outros países, e quer ampliar a presença de mulheres na empresa.
Pela primeira vez em quatro anos, a Toyota viu seus lucros caírem num segundo trimestre. A pandemia afetou duramente o setor automobilístico – dos fabricantes de peças às montadoras. A companhia reportou um lucro de US$ 1,5 bilhão de abril a junho, resultado 74% menor que o do mesmo período de 2019. Para sair dessa, é necessário criatividade.
Mas isso a montadora, presente no Brasil desde 1958, sempre teve. Em abril, a Toyota lançou um acessório de proteção contra o vírus. Trata-se de um separador de cabine de PVC transparente, voltado a taxistas e motoristas de aplicativo, que mantém os passageiros do banco de trás e o condutor isolados. O acessório é compatível com o Etios, o Yaris e o Corolla.
Além disso, a empresa se prepara para seu grande lançamento da linha 2021: o Corolla Cross – SUV baseado no carro-chefe da marca japonesa, que chega para brigar com o Compass pela liderança no segmento. O volume de vendas caiu cerca de 50% em abril, mas a recuperação tem sido rápida. A expectativa, segundo Evandro Maggio, diretor da Toyota do Brasil, é de, na metade de 2021, as vendas já estarem 10% acima da média pré-pandemia.
1 – “Novo normal”
Seguindo as recomendações da OMS, a Toyota colocou todos os seus 1.680 funcionários administrativos em home office durante a quarentena. E a prática veio para ficar. A empresa passa a ter um modelo híbrido, com parte da equipe remota e outra presencial.
2 – Foco no digital
Para sustentar a adequação ao modelo de trabalho remoto, a Toyota investiu na troca de equipamentos e reforço de rede: desktops substituídos por notebooks e um banco de horas virtual.
3 – Segurança em dia
Por três meses, 74% dos 6 mil operários tiveram seus contratos suspensos. Na volta, em junho, vieram os novos protocolos: uso de máscara com troca a cada três horas, ônibus fretados com um único assento por fileira, e termocâmera para medição de temperatura à distância dentro das plantas.
4 – RH tradicionalista
Benefícios comuns como auxílio-creche, convênio-farmácia, previdência privada, vale-alimentação, seguro de vida, estão todos lá. O setor automotivo ainda é resistente no que diz respeito a novas tendências de RH, como parcerias com aplicativos de descontos e rede de academias, “mas nestes clássicos, a Toyota não deixa a desejar”, diz Evandro.
5 – Momento de interagir
Nos complexos industriais de São Bernardo e Sorocaba, que concentram metade dos funcionários, há academia, quadra poliesportiva, sala de descompressão com mesa de ping-pong e outros jogos. A Associação de Colaboradores Toyota (ADCS) também organiza eventos, como grupo de pesca. Tudo pode ser estendido aos filhos e aos cônjuges.
6 – Papais e mamães
A Toyota permite a extensão não-remunerada de licença-maternidade e paternidade. Para lactantes, também existem salas de extração de leite e geladeiras para guardá-lo, tanto nos escritórios como nas fábricas.
7 – Menos fofoca
Para evitar a rádio peão durante as suspensões de contrato, a Toyota passou a usar um provedor de disparo de mensagens por WhatsApp, para alcançar de modo instantâneo 100% dos funcionários. “É importante que as informações sobre a empresa venham da própria empresa”, diz Evandro.
8 – Equidade
A representatividade feminina na Toyota é baixa: só 10% dos funcionários. Para mudar isso e ampliar o número de gestoras na companhia, foi criado em 2019 o programa Jornada da Equidade, que promove mentorias de liderança para funcionárias. Há também metas para as novas contratações. O objetivo é chegar a 50% de mulheres no longo prazo.
9 – Expatriados
Há oportunidades de intercâmbio para outras unidades da Toyota pelo mundo. Uma delas é a participação de representantes regionais em eventos globais por meio de seletivas internas. Mais: 261 funcionários daqui já foram realocados para cargos fora do país, como o brasileiro José Ricardo Gomes, gerente comercial da Toyota no Peru.
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