O carro elétrico enguiça por falta de energia no meio de uma estrada movimentada. Com o motor diretamente ligado ao eixo dianteiro, o veículo trava.

Como fazer para deslocá-lo e colocá-lo em um guincho? Essa e outras questões preocupam concessionários de rodovias e equipes de socorristas.

Embora ainda sejam raros, automóveis que podem ser carregados na tomada devem aumentar sua fatia de mercado nos próximos anos, e as suposições de hoje se tornarão problemas reais.

A CCR ViaOeste, que administra a rodovia Castello Branco, é a primeira a promover treinamentos específicos para atendimento de ocorrências envolvendo carros elétricos. Para começar, é preciso reconhecer um.

Os socorristas aprendem a identificar detalhes comuns a esse tipo de veículo, como logomarcas, frisos, ausência de grade e pontos de recarga em vez de tampas do tanque de combustível. Se o veículo for um híbrido do tipo plug-in, haverá ambos os bocais.

em caso de acidente, é necessário cortar a energia para evitar descargas fatais. Os cabos alaranjados exigem maiores cuidados, pois são de alta voltagem.

Os socorristas utilizam tapetes isolantes e luvas especiais. Um termômetro por luz infravermelha verifica a temperatura –superaquecimento das baterias é sinal de perigo.

Por enquanto, apenas um veículo elétrico precisou de socorro na rodovia Castello Branco. Foi o episódio que inspirou o primeiro questionamento: uma parada causada por falta de energia.

Segundo Carlos Costa, gestor de operações da CCR ViaOeste, o dono saiu de casa com pressa e não percebeu que o veículo estava com pouca energia. No meio do caminho, parou.

Para retirá-lo da via, os socorristas utilizaram patins feitos especificamente para movimentar automóveis. Acoplados às rodas, permitiram o deslocamento até o reboque que o levou a um posto de recarga na estrada.

A própria concessionária utiliza um veículo elétrico. A minivan chinesa BYD T3 roda 10 mil quilômetros por mês pela rodovia, que começa na cidade de São Paulo e vai até Santa Cruz do Rio Pardo.

O carro está com 143 mil quilômetros rodados. As manutenções são simples e feitas em intervalos de 40 mil quilômetros, quando são trocados os pneus. É o veículo de menor custo médio de manutenção da frota

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here