Em live para a imprensa brasileira, a Volkswagen revelou alguns detalhes de seus próximos passos no mercado nacional. Pablo Di Si, presidente da filial, falou muito sobre o Nivus e deu poucos detalhes do Taos, que chega no terceiro trimestre do ano que vem.
O executivo, contudo, fez algumas revelações e indicou o caminho que a VW tomará nos próximos anos por aqui. A primeira delas é a VW e-Store, uma plataforma de vendas online, que é conectada à rede de concessionárias.
Nela, é possível escolher modelo, cores, opcionais, motores, transmissões e outras opções, além de enviar o sinal (R$ 999) para reserva e fazer uma pré-avaliação do carro usado na troca. A retirada do veículo é na revenda escolhida pelo cliente. O site store.vw.com.br só estará ativo a partir do dia 11.
Além disso, a VW amplia a experimentação com o serviço de assinatura de carros, que inclui mais modelos (Virtus, T-Cross e Tiguan), batizado de Sign&Drive. Mas, falando de futuro, Di Si disse que até 2023, cinco modelos elétricos e híbridos serão vendidos no mercado nacional.
Desses, podemos esperar pelo ID.4, o SUV elétrico que desponta agora na China e Europa. Por conta de preço e proposta, o ID.3 não deve chegar. Sobre os híbridos, ele citou o Golf GTE, mas não o somou com as propostas futuras.
Embora haja uma boa gama lá fora, Di Si indicou que a VW pretende trabalhar para o uso do etanol em carros híbridos vendidos aqui, o que não seria estranho, visto que o EA211 1.4 TSI usado nos plug-in do grupo é feito também no Brasil.
Se a VW vai produzir um híbrido localizado, ainda não sabemos, mas esse só poderia ser um SUV ou crossover, devido ao custo e, possivelmente, antecipando-se ao Nissan Kicks e-Power.
Nesse caso, um T-Cross seria a solução. O problema, contudo, é o custo elevado da empreitada. O Taos seria um possível eletrificado, mas apenas se o Compass Hybrid fosse nacionalizado pela demanda.
Di Si deixou claro que a VW acompanhará a evolução do Proconve e, caso esta venha a exigir mais híbridos, este seria um caminho. Já em relação aos possíveis híbridos, o Golf 8 importado (provavelmente o novo GTE) é uma opção, assim como o último Passat GTE.
Sobre o mercado, a tendência é a ênfase nas vendas de SUVs e picapes, assim como crescimento nos compactos de entrada, de acordo com a marca. Di Si falou que hatches e sedãs “pagarão a conta” por conta disso. Daí, já se prevê perda de espaço para Polo e Virtus.
O executivo até brincou sobre a sugestão feita por um jornalista de um crossover abaixo do Nivus: “gostei da ideia”. Entretanto, a VW já trabalha nisso em sintonia com a Índia (Skoda) e usando a plataforma A00, que vai gerar esse sucessor do Gol.
Falando no quarentão, ele continuará em produção no próximo ano, cumprindo a promessa da marca a revendedores, visto que o projeto A00 é para 2022.
Ele terá certamente alto volume para atender a demanda que será deixada pelo Gol e até podemos imaginá-lo como um modelo de até 4,00 m e com motores a partir do 1.0 MPI de 84 cavalos. Afinal, ele precisará começar barato.
Já em relação a Tarok, Di Si tentou disfarçar, mas é outro produto que a VW estuda e que deve mesmo lançar, seja feita aqui ou na Argentina.
