As montadoras instaladas no Brasil também estão de olho na evolução do carro elétrico. Realidade em mercados consolidados, como EUA, Europa e China, esse tipo de veículo ainda está longe de ganhar importância no Brasil.
A Anfavea tem um estudo para carro elétrico no Brasil e quer apresentá-lo ao governo federal. Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade que reúne a maioria dos fabricantes, disse:
“Daqui para frente não podemos trabalhar isoladamente. Setor privado e público precisam trabalhar juntos. Somente lançar o produto carro elétrico não vai resolver o problema. Temos uma matriz energética limpa, com hidrelétricas e usinas solares e eólicas. Mas ainda temos gargalos na energia”.
Os fabricantes querem apoio do governo para criar um plano nacional para implementação da eletrificação, elaborando o estudo que aponta alternativas para introdução do carro elétrico, mas também mostrar os gargalos energéticos no país.
Moraes diz: “É necessário ter uma visão de estado. Não podemos perder o ativo que nós já temos, para que possamos ter uma capacidade de exportação desses veículos”.
A ideia é inserir o Brasil no contexto internacional, uma vez que a indústria global se move em direção à eletrificação e ficar fora desse cenário significará um retrocesso que pode levar o país à desindustrialização.
Por ora, sem uma definição governamental sobre o que será do setor automotivo nos próximos anos, as marcas buscam seus próprios caminhos para inserir o país na onda elétrica que toma conta de diversos players mundiais.
Marcas japonesas como Toyota e Nissan buscam a hibridização como saída, sendo que a primeira já oferece um modelo (Corolla Hybrid) e prepara um segundo para 2021 (Corolla Cross Hybrid).
A Nissan apostará no híbrido e-Power com o Kicks e a Honda pode ser outra nipônica a buscar um híbrido nacional. Contudo, alguns fabricantes já olham o futuro num cenário nacional.
Nesse caso, a Nissan aposta nas células de combustível abastecidas com etanol em vez de hidrogênio. Na VW, o presidente regional Pablo Di Si, mencionou que essa tecnologia seria a melhor para o futuro.
Ainda assim, não se sabe se a VW trabalha com isso. Recentemente, a Karma Automotive divulgou que aposta no metanol como combustível para células de combustível.
O potencial do etanol nesse caso, colocaria o Brasil em vantagem, visto que a tecnologia pode ser usada em diversas regiões do mundo, eliminando uma infraestrutura mais robusta para carregar as baterias dos carros elétricos.
[Fonte: IG]