Carro que deixa os passageiros e vai estacionar sozinho, buggy híbrido movido a gás, automóvel que transforma ozônio em oxigênio e até carro-casa: se tem algo que os salões do automóvel gostam de mostrar são as infinitas possibilidades que se pode fazer com um carro além de dirigir. Confira a seguir os principais conceitos do Salão de Tóquio que irão equipar os próximos modelos em um futuro não tão distante. 

Mitsubishi MI-TECH Concept

Mitsubishi MI-TECH Concept (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

Este buggy turbinado foi construído para ser um veículo pequeno, híbrido, plug-in, mas com um gerador a gás que aciona quatro motores elétricos. Para dar tração integral, os motores se dividem: dois na dianteira e dois na traseira. 

Mitsubishi MI-TECH Concept (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

No interior, o painel é simples e deixa a atenção para a realidade aumentada, projetada no para-brisa. O recurso fornece assistência ao motorista em tempo real e indica informações das vias e estabelecimentos. O estilo off-road traz placas de derrapagem em alumínio, rodas maiores e mais largas. Curiosamente na parte da trás, as turbinas são as saídas do gerador a gás. A ideia da Mitsubishi para o protótipo é ser uma prévia para um futuro modelo plug-in híbrido compacto.

Mitsubishi Engelberg Tourer

Mitsubishi Engelberg Tourer (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

Não é a primeira vez que o conceito aparece em salões, a revelação deste SUV médio foi em Genebra, em março deste ano. Ele servirá como base do próximo Outlander, caso não tenha notado os traços parecidos. Os planos da Mitsubishi pretendem tornar híbridos seus principais SUVs.

Mitsubishi Engelberg Tourer (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

Apesar do estreante dessa nova gama ser o Outlander PHEV, a novidade do Engelberg Tourer é a tração nas quatro rodas por dois motores elétricos dianteiros e traseiros. Já o propulsor a combustão é de 2,4 litros com quatro cilindros. Segundo a montadora, o modelo roda até 70 km usando somente os motores elétricos. Com a bateria carregada e o tanque de combustível cheio, a autonomia deve chegar aos 700 km.

Toyota LQ

Toyota LQ (Foto: Divulgação)

A inteligência artificial descreve o protótipo. Autônomo e elétrico, o hatch foi apresentado em 2017 como “Concept-i” e agora ganhou nome. A montadora garante que ele está preparado para enfrentar as situações adversas do trânsito sem nenhuma interferência humana, graças ao sistema de inteligência artificial Yiu. Este recurso pode ser controlado por comandos de voz. Por meio de um jogo de luzes, o Yiu aponta para qual passageiro ele está se comunicando.

Para trazer conforto dos quatro ocupantes, os bancos são equipados com refrigeração e têm funções de massagem, além de liberarem fragrâncias, caso perceba que os ocupantes estão cansados ou estressados. Perfumaria pouca é bobagem.

Toyota LQ (Foto: Divulgação)

Como um chofer, o carro ainda tem uma função de estacionamento automático que permite deixar os passageiros em um local indicado e procurar um lugar para estacionar. Este artifício foi desenvolvido em parceria com a Panasonic.

Um sistema inédito de purificação e ventilação consegue transformar o ozônio, gás presente na superfície do solo causado pela poluição, em oxigênio. A Toyota pretende reduzir as emissões desse ar por meio do recurso.

Toyota E-Palette

Toyota e-Palette (Foto: Divulgação)

As Olimpíadas de Tóquio serão ano que vem. De praxe, o Japão é o maior exemplo mundial no setor de mobilidade e não iria fazer feito nesse evento mundial. Para isso, a Toyota desenvolveu um ônibus (ou serviço de mobilidade, nas palavras da marca) elétrico e autônomo responsável pelo transporte dos turistas às competições. Chamado de Palette (palete é um tipo de container de carga) poderá rodar sozinho no complexo atlético, mas sem passar dos 19 km/h, graças ao auxílio dos seus cinco radares.

Toyota e-Palette (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

Os jogos olímpicos servirão como um teste para o veículo. Se ele se sair bem na prova, poderá ir para a linha de produção. Apesar de autônomo, é necessário um operador caso alguma situação emergencial apareça. Aliás, o único comando humano poderá ser feito através de um joystick de computador. O E-Palette tem autonomia de 150 km, mas a potência da bateria nem o tempo de recarga não forma divulgados. Confira mais do modelo por aqui.

Lexus LF-30 Eletrified

Lexus LF-30 Eletrified (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

Com esse novo conceito, a Lexus antecipa como será seu primeiro carro totalmente elétrico, a ser revelado no próximo mês, no Salão de Los Angeles. O modelo tem 543 cv de potência, 71,3 kgfm de torque, vai de zero a 100 km/h em 3,8 segundos e não passa dos 200 km/h para não exaurir a carga das baterias. A autonomia não é chocante e chega aos 500 km.

As linhas características da Lexus foram elevadas ao máximo nesse protótipo. Os faróis têm forma de asas e a imensa grade se confunde com um telão de led. O vidro se estende da frente a traseira do veículo e muda de acordo com a luminosidade, enquanto as portas têm formato de asas de gaivota e tem detalhes feitos por fibras de metal reciclado.

Lexus LF-30 Eletrified (Foto: Divulgação)

O interior consegue prender a atenção. Como a maioria dos conceitos, o cockpit é digital e sensível ao toque, o volante se retrai quando o modo autônomo é ativado e as funções são controladas por gestos, e isso só para começar.

O sistema também consegue distinguir as vozes dos passageiros e as telas de vidro no teto permitem, por meio da realidade aumentada, que os passageiros interajam com o veículo ou somente contemplem um céu estrelado.

Nissan Ariya

Nissan Arya (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

As linhas fazem o modelo parecer maior do que é: são 4,60 metros de comprimento e 1,92 m de largura. A carroceria segue a tendência dos SUVs Cupês e há dois motores elétricos. Como cada um fica em um dos eixos, eles garantem tração integral. 

O conceito antecipa o futuro crossover da Nissan que deve chegar nos próximos dois anos e vai ser construído sobre uma plataforma específica para veículos elétricos. A grade convencional deu lugar a uma peça 3D, com finos faróis de LED e logotipo luminoso da Nissan. Na traseira, a novidade são as lanternas unidas em um filete de ponta a ponta, semelhante ao Porsche Cayenne Coupe.

Nissan Arya (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

Como é de se esperar, o SUV conta com um novo pacote de tecnologias semiautônomas. A marca afirma que nas rodovias será possível uma condução 100% autônoma. No entanto, não há data para versão final começar a ser produzida. Confira mais sobre o modelo aqui.

Nissan IMk

Nissan IMk Concept (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

Os “kei cars” são uma espécie de veículo compacto, quadrado, equipado com motores simples e de grande sucesso no Japão. Eles têm vantagens tributárias o que acaba barateando esse tipo de minicarro. O IMk tem esse apelo de popular, mas com tecnologia de ponta e condução autônoma.

Com apenas 3,49 m de comprimento (20 cm a menos que um VW up!) e 1,51 m de largura o conceito elétrico traz câmeras acopladas em vez de retrovisores, assim como no Audi e-tron e além de filetes de led em toda grade dianteira.

O Nissan está no nível 4 de autonomia, ou seja, um autônomo que ainda exige a interferência do motorista (conheça os níveis de autonomia). Se necessário, o motorista pode assumir o controle do carro através de poucos comandos, como o botão de partida, dois pedais e o volante.

No interior do kei car, o painel chama a atenção: ele é inteiramente digital e sensível ao toque. O teto é feito de vidro para permitir uma maior luminosidade dentro da cabine.

A Nissan não divulgou dados do motor mas afirmou que o IMk ditará como serão os futuros carros urbanos japoneses.

Suzuki Hanare

Suzuki Hanare (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)

Hanare é um termo na língua japonesa que significa “casa isolada”. É com essa ideia que o conceito foi desenvolvido para ser algo a mais do que somente um veículo. Com um estilo mais retrô, o conceito autônomo ora lembra um trailer, ora uma Kombi. Sem maiores explicações sobre o modelo, o Hanare parece contar com um projetor e dois sofás que poderiam facilmente tornarem sofás-camas.



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