Um estudo da JD.Power diz que quem faz um test drive em carro elétrico e compra, não volta aos carros comuns. Segundo a pesquisa, os proprietários de veículos elétricos não querem mais voltar ao status anterior.
Embora algumas marcas ainda torçam o nariz para a eletrificação, as vendas de carros elétricos nos principais mercados só aponta uma coisa: o que se faz, se vende.
Apesar de o preço ser elevado em muitos casos, os consumidores não parecem alterar o desejo de ter um carro elétrico. Na Europa, os subsídios ajudam a torná-lo mais acessível, mas mesmo num patamar onde apenas os ricos estão a vontade, a coisa não é diferente.
O Porsche Taycan, por exemplo, não é nem de longe purista, algo que clientes de marcas como a alemã, sempre pontuam diante de produtos novos. Com tanta demanda, foi preciso tomar emprestados 400 funcionários da Audi para dar conta do recado.
Do outro lado, o Renault Zoe emplacou mais de 100 mil unidades em 2020 e estamos falando de um carro elétrico que viveu dias de quarentena e mercados parcialmente ativos ao longo do ano, devido à Covid-19.
Isso sem contar a Tesla, que superou a marca de 500 mil produzidos em 2020 e entregou praticamente tudo, menos 50 carros. Nos EUA, 82% dos pesquisados que possuem carro elétrico, só os trocariam por outros do mesmo tipo.
Isso é um forte indício de que a eletrificação segue mesmo um curso natural, uma vez que a gasolina nos EUA não impacta na vida dos donos de carros, diferente da Europa.
A atração pelo modelo elétrico parece aumentar enquanto a oferta ainda é pouca, os incentivos são limitados em alguns países e a autonomia não permite ir muito longe.
Mesmo a rede de infraestrutura ainda fica devendo, especialmente nos EUA, mas tudo parece uma questão de tempo para que a mudança atinja outros níveis. Aqui, o Brasil ainda não definiu quando ocorrerá a eletrificação, mas sabemos que um dia chegará.
[Fonte: FCE]