Quem participou, quinta-feira, do Energia em Pauta, evento promovido pelo Sindicato da Indústria de Energia em parceria com a Fiec, saiu dele impressionado com as informações transmitidas pelo palestrante Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos e conselheiro da Absolar. Ele disse, em resumo, o seguinte:
Enquanto o mundo desenvolvido avança no desenvolvimento e na fabricação e comercialização de veículos elétricos, o Brasil patina distante da revolução que se registra nesse segmento do transporte;
A mobilidade elétrica já é uma realidade nos EUA, na Europa e na Ásia;
Hoje, mais de 10 milhões de carros exclusivamente elétricos circulam nas ruas das principais cidades dos cinco continentes, existindo já 1,3 milhão de pontos de recarga;
O Brasil, infelizmente, ainda não está conectado com o resto do mundo em relação a essa tecnologia, disse Maluf, acrescentando uma triste notícia: no ano passado, cresceu a frota brasileira de veículos movidos a combustivos fósseis.
A China é, segundo Alberto Maluf, é o país mais avançado na mobilidade elétrica.
Na América Latina, a Colômbia e o Chile estão bem adiantados.
No fim do debate, Alberto Maluf, para eixar mais preocupados o auditório virtual, revelou que o carro elétrico – silencioso, mais limpo, mais moderno e mais econômico – paga no Brasil mais IPI do que o veículo comum, movido a gasolina ou diesel.
O Brasil, além de não ser para amadores, é um caso a ser estudado, tantas são as burrices cometidas, o que leva à suspeita de que, por trás dessas dificuldades, há a venda de facilidades.
É só ver o que acontecia, em tempos recentíssimos, nas CPIs do Congresso Nacional, cujos depoentes eram ou não convocados conforme o valor da propina exigida.
Para concluir, Carlos Egberto, gerente de Operação e Negócios do Senai-Ceará, informou que na geografia cearense circulam hoje 300 veículos elétricos e híbridos, “uma frota muito pequena para o tamanho e a expressividade da economia estadual”.
NA CONSTRUÇÂO, SEGUEM OS PROBLEMAS
Manda dizer a esta coluna a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic): de janeiro a março deste ano, o índice que mede a situação financeira das empresas construtoras recuou 5,3 pontos em relação ao último trimestre de 2020, caindo de 47,2 para 41,9, abaixo da média histórica, de 44 pontos.
Esse índice é produzido pela Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o apoio da Cbic.
Pelo segundo trimestre consecutivo, os empresários da construção apontam que o maior problema que eles enfrentam é a falta ou o alto custo da matéria prima.
No 1º trimestre deste ano, esta foi a dificuldade assinalada por 57,1% deles.
SEFAZ ADVERTE PARA SELO DE CONTROLE DA ÁGUA MINERAL
Atenção para este aviso da Secretaria da Fazenda do Ceará, emitido logo após o Poder Legislativo estadual aprovar projeto-de-lei que trata dos selos fiscais de controle de águas minerais naturais, artificiais ou adicionadas de sais:
O contribuinte que comercializar água sem o selo fiscal de controle terá de pagar uma multa no valor de 20 Ufirces (Unidade Fiscal de Referência do Estado do Ceará) por vasilhame.
Hoje, cada Ufirce equivale a R$ 4,68.
ALUGUÉIS: FINALMENTE, O BOM SENSO
Como o IGPM – índice que mede a inflação dos aluguéis – ultrapassou o patamar anual de 32%, ou seja, várias vezes mais do que o IPCA, que é o índice oficial da inflação brasileira, as empresas que administram imóveis já se acertam com os locatários.
Usando o bom senso, as partes, agora, têm mais chance de fechar acordo de renovação ou rescisão do contrato. Amém!
BRATT CELEBRA 33 ANOS DE ATIVIDADE
Kleber Leite, que comanda a cearense Bratt Consultoria Organizacional & RH, está a celebrar os 33 anos de atividades de sua empresa.
Falando à coluna, ele lembra:
“Não conhecemos empresa de consultoria com este empo de mercado e atuação. Sempre a mesma marca, o mesmo CNPJ e mesmo endereço.
“Quando a Bratt nasceu, não havia internet, redes sociais, celular e sistemas de informática. Mas já organizávamos empresa. Organizar empresa é torná-la mais produtiva e eficiente. Temos um currículo com mais de 1 mil empresas organizadas, e vamos em busca dos 40 anos de mercado”.
ASSAÍ ATACADISTA ANUNCIA PLANO DE EXPANSÃO
Empresa do atacarejo, com nove lojas no Ceará, a rede Assaí Atacadista anunciou ontem um plano de expansão que prevê a abertura, ao longo deste ano, de 28 novas lojas nos 22 estados em que ela atua.
Para 2022 e 2023, a previsão é de abertura de mais 25 lojas.
Com a abertura das novas lojas, a companhia, que é uma das 10 empresas privadas empregadoras intensivas de mão de obra e que tem hoje 50 mil colaboradores, projeta contratar mais 10 mil novos funcionários ainda neste ano.
A conferir.
RUSSAS TERÁ POMADA FEITA DE LEITE DE CABRA EM PÓ
Carta de Intenção foi enviada pela norte-americana Amazon Rainforest Products LLC à Prefeitura de Russas manifestando o interesse de instalar naquela cidade jaguaribana um parque industrial com quatro fábricas.
A unidade principal produzirá pomadas, cremes, suplementos alimentares e produtos à base de leite de cabra em pó e de água de coco em pó.
Esse conjunto industrial farmacêutico e biotecnológico oferecerá 234 empregos diretos e, ainda, ampliará a produção de leite de cabra não só no município de Russas e no seu entorno, mas em todo a região do Jaguaribe, dinamizando sua caprinocultura.
A intenção dos investidores, segundo o deputado Salmito Filho, que atraiu o interesse da empresa norte-americana para o Ceará, é exportar o que será produzido para os Estados Unidos e o México.
ENEL: BOA RECEITA, MAS POUCO LUCRO
Foram bons os resultados do primeiro semestre deste ano da Enel, que distribui energia elétrica em toda a geografia do Estado do Ceará.
Sua receita líquida alcançou R$ 2,19 bilhões, 10% a mais do que no mesmo período de 2020.
O lucro líquido, porém, foi franciscano: apenas R$ 86,9 milhões, ou 5,2% em relação ao lucro do primeiro trimestre do ano passado.
FIEC PROMOVERÁ PALESTRA DE RICARDO AMORIM
Quarta-feira, 5, às 17 horas, no Canal da Fiec no YouTube, a Federação das Indústrias do Ceará promoverá palestra, seguida de debate, do economista Ricardo Amorim.
Ele desenhará o cenário da Indústria em Novas Tempos (e põe novos empos tempos nisso).
O evento será no modo misto—virtual e ao vivo, e contará com o apoio conjunto do Iel, Sesi e Senai e a parceria do Sebrae.
DIA DO TRABALHO OU DO DESEMPREGO
Hoje é o Dia do Trabalho e, por consequência, do trabalhador, que tem nada a comemorar, mas só a lamentar.
Para começar, a taxa de desemprego já atinge, no país, mais de 14,3 milhões de pessoas, que enfrentam, também, uma pandemia que já ceifou a vida de mais de 400 mil brasileiros.
As centrais sindicais, como nos anos anteriores, promovem em São Paulo um ato público, que, no modo virtual e presencial, terá a presença de figurinhas conhecidas da política nacional, todas unidas com um só propósito: derrubar o governo Bolsonaro.
Temos, pois, um primeiro de maio dando sua colaboração para o explícito projeto do quanto pior, melhor. Infelizmente.