Ford - Bosch - etanol - bateria - Chevrolet - Honda - Audi - fábricas - são paulo - veículosFábrica da Bosch / Fonte: Reprodução – Via Google

Bosch vem para revolucionar o mercado automotivo e aposta em carro totalmente elétrico que dispensa tomada para carregar a bateria e que pode ser abastecido em qualquer posto de combustível

Já imaginou em ter um carro totalmente elétrico que, para carregar a bateria, não precisa de tomadas, podendo abastecê-lo em qualquer posto de combustível? A multinacional alemã aposta no uso do etanol para gerar hidrogênio e, a partir desse elemento químico, produzir eletricidade! A façanha ainda está em estudos, mas de acordo com Besaliel Botelho, presidente da Bosch na América Latina, durante Live do Valor, pode ser o caminho para o Brasil compensar atrasos na evolução dos veículos e participar do processo global de eletrificação.

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“Para o Brasil, esse é o momento certo de participar dessa tecnologia e não ficar só esperando que as novas tecnologias desenvolvidas fora sejam trazidas ao país”, disse o executivo.

A proposta é separar o hidrogênio do etanol para produzir eletricidade por meio de processo químico, dentro do próprio veículo, fazendo com que o proprietário não dependa de tomadas e dispense também as baterias.

A nova tecnologia vai disputar o mercado com a indústria de baterias, que tem evoluído na redução de preços e apresentado produtos mais leves e que garantem maior autonomia para o veículo.

O presidente da Bosch defende que a célula de combustível que produz hidrogênio a partir de etanol é de fonte renovável. “Esse é o momento de sermos novamente protagonistas”, destaca.

Pensando no meio ambiente, a multinacional alemã Bosch tem plano global para investir R$ 1 bilhão no projeto do hidrogênio até 2024. Botelho afirma que, enquanto esse tipo de tecnologia a partir do etanol não avança no Brasil, é possível compensar o tempo perdido no desenvolvimento do carro elétrico por meio da intensificação na produção de híbridos que possam ser abastecidos com etanol.

Para inserir o Brasil no contexto mundial de eletrificação dos transportes, se faz necessário pensar numa “ponte”, como diz o presidente da Bosch

O executivo ressalta o comprometimento dos países da Europa com o meio ambiente, que estabeleceram até 2030 o prazo para o fim das vendas de veículos com motores a combustão.

Bosch acredita no potencial brasileiro e anunciou um plano de R$ 170 milhões para nacionalizar uma linha de produção de injetores de motores a diesel em Curitiba

A multinacional alemã fabricante de autopeças Bosch foi contrária ao movimento das fabricantes de automóveis Ford, Chevrolet, Honda e Audi, que decidiram retirar ou diminuir produções no Brasil, e trouxe para o país a produção de injetores e bicos de injetores para caminhões que eram produzidos em suas fábricas nos Estados Unidos, ampliando assim a divisão de sistemas de injeção diesel em sua fábrica de Curitiba.

Trata-se de uma oportunidade para o Brasil vender a outros países produtos que começam a deixar de ser fabricados em outras regiões. “Essa linha vai abastecer Europa e Estados Unidos”, destaca. “O Brasil precisa buscar na manufatura o eixo para a exportação”.

Apesar de um ano bastante adverso, a Bosch elevou sua receita em 2020. A operação na América Latina alcançou faturamento de R$ 6,9 bilhões, aumento de quase 6% na comparação com o ano anterior. Com 8,2 mil funcionários, a subsidiária brasileira respondeu por 74% do volume de vendas na região. Dos R$ 5,1 bilhões de receita no país, 26% foram obtidos com exportações para América Latina, América do Norte e Europa.

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