“Os automóveis com motor puramente a combustão tendem a diminuir no mercado global e, com isso, a tecnologia eletromecânica ganhará espaço cada vez maior em curto espaço de tempo”, revela Batagini. 

Mas um dos maiores desafios do veículo elétrico é equilibrar a temperatura do motor. “A bateria é como um ser vivo do automóvel”, define Mathias Schelp, gerente da unidade de Sistemas Térmicos da divisão Electrical Drives da Bosch. “Quando a temperatura está muito baixa, a autonomia fica comprometida. Já a temperatura excessiva pode reduzir a vida útil da bateria”, relata.

Ele conta que o compressor elétrico do ar condicionado, que balanceia a temperatura da cabine do carro, consome energia da bateria e, por isso, o fluxo de ar deve ser feito de maneira eficiente. O gerenciamento térmico combina diversos componentes Bosch, como bombas d’água, válvulas elétricas, motores de arrefecimento e ventilação na integração com os sistemas térmicos, entre eles radiadores, compressores elétricos e bombas de calor.

Equilíbrio das temperaturas

O sistema coleta calor e frio e os transporta para os pontos necessários, transferindo a temperatura desejada para os ocupantes do automóvel, sem sacrificar a bateria. “A ideia é alcançar temperaturas individuais entre 15 e 30 graus. É como se os moradores de uma casa quisessem temperaturas diferentes em cada um dos cômodos”, ressalta Schelp. Isso é possível porque o sistema  distribui o calor e o frio a partir do fluido refrigerante do veículo. 

A depender das condições externas de temperatura, o uso de tecnologias de gestão térmica e de recuperação de calor podem aumentar a autonomia da bateria em de até 33%. Assim, é possível aquecer o carro com eficiência no inverno e resfriá-lo no verão. “Todo veículo elétrico possui o gerenciamento térmico, que acontece silenciosamente graças as soluções inteligentes, como o design da hélice”, afirma Schelp.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here