“Este sistema de incentivos tem tido muito bons resultados”, afirmou, salientando que “aumentámos no início do Governo, aumentámo-los depois para 4 milhões, é isso que está previsto neste Orçamento do Estado (OE) e é isso que muito provavelmente ficará plasmado no próximo OE. Durante esta legislatura esse valor vai manter-se”.
Questionado sobre se no próximo orçamento esse apoio continuará a ser de 4 milhões, Matos Fernandes disse não poder “antecipar o que vai ser o próximo OE, mas é um apoio justo e muito provavelmente a nossa proposta irá nesse sentido”.
Ao contrário do que aconteceu em Espanha, João Pedro Matos Fernandes recusa-se a definir uma data para pôr fim aos veículos com motor de combustão interna. E quando questionado sobre o facto de Portugal não ter assinado a carta enviada por alguns Estados Membros a pedir um calendário à comissão para a transição considera que se trata de uma iniciativa irrelevante e adianta mesmo que se trata de “uma quixotice impor uma data”.“Não temos nenhuma meta” em Portugal, afirmou, frisando que “os construtores automóveis estão já a fazer essa transição e essa transição vai ser feita”.
“Quem falou sobre o tempo limitado que os carros a diesel terão em primeiro lugar em Portugal fui eu. Não sinto necessidade de impor essa data porque a transformação está a fazer-se”, apontou..
“Quando cheguei a ministro havia 1% dos veículos vendidos em Portugal que eram elétricos. No primeiro trimestre deste ano ultrapassou os 15%”, frisou Matos Fernandes, reafirmando que “em 2035 as pessoas olharão para um carro a diesel como a minha filha hoje olha para a televisão a preto e branco”.