SÃO PAULO, SP – A Chevrolet vai começar a vender no Brasil o Bolt EV, um hatch com motor elétrico capaz de rodar 416 km com uma carga.
Quando foi anunciado para o Brasil durante o Salão do Automóvel do ano passado, a autonomia anunciada era de 383 km, mas o carro recebeu novas baterias nos Estados Unidos e serão com elas que o carro desembarca aqui.
O que não mudou é o preço. O pequeno elétrico continua custando R$ 175 mil. O valor alto é o custo da nova tecnologia recente, ainda não popularizada, mas a tendência é baixar.
O motor elétrico tem o equivalente a 203 cv de potência. Segundo a marca, ele acelera até 100 km/h em 6,5 segundos, números dignos de um esportivo.
Mas a velocidade máxima não é grande coisa. O Bolt chega a 148 km/h. É uma característica dos motores elétricos, entregando o torque máximo assim que começa a se movimentar, mas perdendo o desempenho enquanto ganha velocidade.
Assim como no rival Nissan Leaf (R$ 195 mil), o Bolt pode ser dirigido apenas com o pedal do acelerador. É que o próprio motor pode parar o carro apenas com a desaceleração. A energia dispensada nessa operação volta para a bateria, dando mais autonomia em descidas de serra e
em cidades.
O espaço interno é bom. O carro tem 4,17 m, maior que o Chevrolet Onix, mas o banco traseiro é elevado por causa das baterias que ficam sob o assoalho.
O painel é digital e a tela multimídia mostra as informações de autonomia e uso do motor elétrico.
A carga do Bolt é feita em tomada residencial de 220V, mas o processo é demorado. Uma carga completa leva cerca de 41 horas, segundo a GM. Em um carregador semi-rápido, serão 10h.
Em eletropostos, que estão sendo instalados ao longo de rodovias, 80% da bateria pode ser abastecida em 30 minutos.
Para compensar o preço alto, o Chevrolet Bolt ao menos é bem equipado. Tem 10 airbags, assistente de permanência em faixas, frenagem automática para pedestres, alerta de colisão frontal, câmera de ré, câmera com visão de 360º, ar-condicionado automático, bancos aquecidos, entre outros equipamentos.