Masahiro Inoue, CEO da Toyota para América Latina e Caribe, confirma que o compromisso da empresa em nível mundial continua sendo tornar-se neutra em emissões de gás carbônico até 2050, meta anunciada há seis anos.

Apesar disso, acredita que uma posição cautelosa precisa ser considerada sobre como alcançar esse objetivo. Conversei com ele sobre este e outros assuntos.

“Nosso respeito ao meio ambiente é inquestionável. Quando a Toyota criou, em 1997, o primeiro híbrido dos tempos modernos, o Prius, já indicava que o futuro deveria mudar. Porém agora há mais de um caminho a escolher. Baterias e pilhas a hidrogênio são tecnologias válidas e continuamos a pensar assim.”

“No Japão não há ainda consenso sobre o que vai prevalecer ou mesmo conviver. Garantir antes um suprimento estável de geração de energia elétrica é muito importante, além da criação de toda a infraestrutura exigir grande planejamento”, continua.

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No Brasil há opção de usar etanol para gerar hidrogênio a bordo e, por meio de um reformador, obter energia para o motor elétrico.

“Este é um caminho que o País também pode seguir. Importante separar as questões técnicas e de marketing. Não basta estabelecer prazos ou datas em assuntos complexos”, defende Inoue.

O executivo confirmou o plano de usar o Brasil como base exportadora. “Toyota vende 400.000 veículos na América Latina, metade produzida no Brasil. A outra metade vem do Japão com frete médio de US$ 1.500 por unidade. Então está aí uma oportunidade para a fábrica de Sorocaba (SP) fornecer para a nossa região”.

Inoue entende que o sistema de produção Just-in-Time criado pela empresa para enviar componentes diretamente às linhas de produção e logo copiado por outros ramos industriais, não foi responsável pela atual escassez de semicondutores no mundo e a interrupção de tantas fábricas no Brasil e no exterior.

“O mais importante é o planejamento de longo prazo, além de um contato constante e de ajuda mútua com nossos fornecedores. Assim não temos problemas, salvo questões pontuais e menores.”

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