Um carro elétrico tem baterias enormes: segundo a Nissan, o Leaf de autonomia estendida poderia fornecer energia para uma casa pequena por até quatro dias. E é exatamente isso que a marca japonesa e outras empresas já oferecem, por um processo chamado de recarga bidirecional.

Como o nome indica, nele o veículo pode tanto receber energia quando fornecê-la, como se fosse aquelas baterias portáteis (power bank) que usamos para carregar o celular na rua. A ideia das montadoras é que os automóveis elétricos sejam uma alternativa para garantir a energia das residências em caso de apagões.

Naturalmente esse recurso também pode ser usado para carregar outro elétrico, mas teria pouca eficiência. Primeiro porque a energia fornecida pelo sistema bidirecional tem corrente e tensão limitados: seria tão ou mais lento do que recarregar o veículo em tomada de 220V. Segundo porque sempre haverá perda de energia: um Leaf com 100% de bateria que recarregasse um Leaf descarregado ficaria sem energia antes de completar o nível de energia do outro.

Tecnicamente seria possível acelerar o processo adotando a recarga bidirecional DC, de alta tensão e por corrente direta. Mas isso exigiria mais equipamentos no veículo — deixando-o mais pesado — e pode degradar a bateria, já que ela iria descarregar em uma velocidade maior do que normalmente ocorre durante o uso normal do carro.

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