Um estudo da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostra que os veículos eletrificados poderão representar até 62% da frota de carros do país em 2035. O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, afirmou que a mudança implica em várias adaptações na indústria.
“Significa que temos que fazer uma adaptação nas fábricas, desenvolver fornecedores, preparar treinamento da mão de obra e a rede de concessionários”, explicou à CNN. “Mais do que isso, tem que ter também investimento em infraestrutura”, completou.
Com isso, há a expectativa de que a demanda por etanol também caia, efeito que o setor sucroalcooleiro do Brasil, já bem estabelecido, vai ter que enfrentar, incluindo a queda no preço do açúcar.
Mas o biocombustível pode ser uma alavanca para engrenar no cenário de descarbonização no setor automotivo, já que o etanol, além de ser limpo e renovável, já é usado na eletrificação de motores.
A venda de modelos híbridos ou 100% elétricos está crescendo no Brasil e bateu recorde no primeiro semestre deste ano. Foram quase 14 mil veículos emplacados de janeiro a junho, um aumento de 80% na comparação com o mesmo período de 2020. Mas o volume de vendas ainda é considerado tímido, sendo o alto custo um dos entraves para a popularização do modelo.
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