Araraquara (SP) sediou, nesta quarta-feira (6), o evento “Híbrido Etanol: O Motor do Futuro”. Durante o encontro, que reuniu representantes de montadoras de veículos, de universidades e do setor sucroalcooleiro, foi discutido o desenvolvimento de um motor abastecido com etanol e movido à eletricidade.
O objetivo é propor no mercado de combustíveis uma alternativa sustentável.
Evento em Araraquara discute o desenvolvimento de um motor híbrido com etanol e eletricidade — Foto: Reprodução EPTV
O carro elétrico já é uma realidade em vários países do mundo, mas ele ainda depende da gasolina.
“A solução que os outros países estão adotando são os veículos chamados híbridos, que é um motor a combustão interna movido a petróleo, que é uma fonte de combustível não renovável, e uma parte da propulsão é elétrica, que com isso consegue reduzir batente o consumo de combustível fóssil. O ultimo estágio que o mundo está se direcionando para reduzir e eliminar dependência dos combustíveis fósseis são os veículos puramente elétricos” afirma o professor da Escola de Engenharia da USP São Carlos (EESC/USP), Álvaro Costa Neto.
O objetivo dos pesquisadores brasileiros é produzir o primeiro motor híbrido elétrico que, ao invés de gasolina, usa etanol, que é menos poluente. Há ainda uma nova ideia que envolve um sistema que transforma o etanol em hidrogênio para alimentar a bateria elétrica. Assim, esses veículos não teriam a necessidade de serem carregados na tomada e teriam a vantagem de ter uma pegada de carbono menor do que a dos veículos somente elétricos.
Evento em Araraquara discutiu possibilidades de motor abastecido com etanol e movido a eletricidade — Foto: Reprodução EPTV
Araraquara foi escolhida pra sediar o evento por estar localizada em região privilegiada com alta produção de etanol e cercada por universidades que produzem alta tecnologia.
Para o tecnologista sênior do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e gerente do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO), Fabio Coral Fonseca, o encontro pode ajudar a definir novos rumos na busca de um futuro sustentável.
“Trabalhamos há 20 anos tentando utilizar o etanol como combustível desses dispositivos geradores de energia. Temos bastante satisfação em ver esse tema de pesquisa nossa evoluindo e sendo tão evidente agora em que a sociedade moderna começa de fato a agir um pouco mais em relação aos problemas de energia limpa, aos desafios futuros de termos uma economia mais limpa e um futuro mais sustentável”, afirmou.
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