A BYD, fabricante chinesa de veículos elétricos e baterias de lítio-fosfato de ferro, iniciará a comercialização de carros elétricos para os consumidores a partir de 2022 no Brasil. Contudo, a montadora instalada em Campinas, interior de São Paulo, se apoia em um produto com três pilares para os clientes brasileiros.

Diferente de outras marcas, a BYD não pretende vender apenas o carro elétrico e o carregador doméstico do mesmo, mas também uma fonte de energia renovável, o sol. Bem, pelo menos isso através de painéis solares. A empresa acredita que essa seja a solução ideal com um “pacote completo” para o comprador.

Ao contrário do que se possa imaginar, dada a ênfase da BYD em seguir com um plano mais amplo de vendas de carros elétricos, todo o processo será feito mediante as tradicionais concessionárias de veículos e não por meio de uma estratégia como a da Tesla, por exemplo.

BYD venderá carro elétrico, carregador e painel solar no Brasil

Até agora bem discreta, a BYD finalmente se mostrará ao mercado consumidor brasileiro, uma vez que seu antiquado (porém eficiente, como todo carro elétrico) e5 é oferecido apenas por meio de aluguel para empresas e seus ônibus urbanos elétricos sejam apreciados em determinadas regiões do país.

Na estratégia da BYD, dois mercados em expansão no Brasil serão atendidos, sendo um deles o de carros elétricos (premium, notadamente) e de geração de energia renovável. Nesse último, a empresa triplicará a produção de painéis com células fotovoltaicas em Campinas, onde investirá R$ 38,4 milhões em equipamentos para ampliar o volume.

A solução também deve gerar uma redução nos custos desses painéis com um volume maior, bem como sua difusão no país com a venda de carros elétricos da marca, ainda que não sejam para as massas. Mesmo assim, a BYD fala em preços competitivos para sedãs e SUVs, elétricos e híbridos plug-in, que chegarão com preços de carros a combustão.

BYD venderá carro elétrico, carregador e painel solar no Brasil

A empresa conversa com os 20 maiores grupos de concessionários de veículos no país para representação da BYD. Não há planos de produção de carros elétricos ou híbridos no país, mas a BYD pode eventualmente no futuro produzir chips e semicondutores com o ferramental usado para fazer painéis solares.

No Brasil, sem incentivos eficazes para estes veículos e dado o alto preço, o kit com painéis solares não será popular, mas pelo menos iniciará um movimento na direção de se reduzir a dependência de energia elétrica do Operador Nacional do Sistema e até vendê-la ao governo através dos prossumidores, aqueles que produzem.

Em sua planta, a BYD passará de 150 MW para 500 MW em células solares, mas tem potencial para 670 MW, mas a ambição é chegar a 1 GW. No Brasil, a participação da energia solar subiu de 1% para 5% nos últimos dois anos, atingindo 11 GW.

[Fonte: Valor Econômico]

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