Pelo que se viu até agora no mercado nacional, a Toyota parece ter definido sua estratégia de eletrificação para a região, apostando no híbrido flex como solução em um país com infraestrutura precária para carros elétricos, especialmente sem incentivos governamentais.
Contudo, a montadora japonesa não descarta outras soluções para implementação no mercado nacional, caso haja uma mudança brusca no caminho. Masahiro Inoue, presidente da Toyota na América do Sul e Caribe, prometeu que todos os modelos da gama terão algum nível de eletrificação, porém, não exatamente com a solução vista em Corolla e Corolla Cross, por exemplo.
Ainda que um terceiro modelo tenha a mesma tecnologia (supostamente um SUV compacto), Inoue disse que a Toyota pode utilizar outra solução já disponível globalmente ou que ainda esteja em desenvolvimento. O executivo entende que a melhor solução no momento para o Brasil é o híbrido flex.
Inoue comentou: “A Toyota Motor Company tem várias tecnologias na prateleira”. Ele citou até o Mirai: “Um carro como o Mirai, modelo elétrico movido a célula de combustível de hidrogênio, hipoteticamente não estaria descartado, caso atendesse a equação demanda e custos produtivos regionais. Mas veículos a célula de combustível e BEVs são mais viáveis hoje na Europa, China e Estados Unidos. Não uma solução para todo o mundo.”
Para Masahiro Inoue, a eletrificação por meio de carro híbrido é uma solução viável para África, Ásia e América Latina, sendo aqui um país com boa infraestrutura em sua solução local, o combustível vegetal. Ele explica: “Precisamos utilizar muito ainda todo esse conhecimento e estrutura de distribuição acumulados ao longo de tantos anos”.
Como se sabe, Nissan e Volkswagen apostam no etanol como reagente em células de combustível no lugar de hidrogênio e a citação do Mirai, feita por Inoue, indica que a Toyota também pode estar considerando o uso do mesmo sobre a tecnologia hoje presente no exótico sedã.
O próprio chefe da Toyota na região, afirmou que a hibridização é uma solução intermediária. Ao passo que considera essa opção, a empresa testa um motor de três cilindros 1.6 para queimar o hidrogênio, mas agora isso não parece algo vislumbrado para o Brasil, onde a substituição dos motores a combustão está atrelada a vida útil dos modelos, conforme Inoue apontou.
[Fonte: Auto Indústria]