A venda de carros importados fechou o mês de outubro em queda. Dentre as marcas, destaque para a Volvo (Foto: Divulgação/Volvo)

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A venda de carros importados fechou o mês de outubro em queda. Dentre as marcas, destaque para a Volvo (Foto: Divulgação/Volvo)

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) divulgou seu levantamento mensal que mostra o desempenho de suas associadas no mercado. E ele trouxe notícias preocupantes. A venda de carros importados caiu 14,6% no mês passado. Se compararmos este número com 2020, a porcentagem é ainda maior.

Esta pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (08/11). De acordo com ela, 1.597 carros importados foram comercializados no último mês. Isso significa que o mercado de carros importados vendidos sofreu uma retração de mais de 14% com relação ao fechamento de setembro – que teve 1.871 unidades vendidas. Agora, com relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de impressionantes 39,4%.

Kia Bongo (Foto: Divulgação/Kia)

Venda de carros importados caiu em outubro; veja os dados!

E as quedas também foram vistas nos dados do acumulado do ano. Até o fechamento de outubro, 21.392 unidades foram vendidas. O que representa uma queda 4,9% se colocarmos lado a lado com as 22.491 unidades comercializadas no ano passado. Lembrando que aqui são contadas todas as 11 montadoras que são filiadas à Abeifa.

Mas três delas possuem fábricas aqui no Brasil. Estamos falando da Caoa Chery, da Land Rover e a Suzuki. E fazendo apenas este recorte, podemos ver que as vendas tiveram um crescimento de 10,1% em comparação às 4.278 unidades de setembro. Juntando as três, o total de vendas no mês passado foi de 4.711 unidades. Agora, com relação ao mês de outubro de 2020, o crescimento foi de 49,6%.

Caoa Chery Tiggo 3X (Foto: Divulgação/Caoa Chery)

O número de vendas acumuladas das marcas nacionais atingiu a marca de 39.952 unidades. Um crescimento impressionante de 68,3% com relação ao mesmo período de 2020. Contando os dois cenários aqui mostrados, foram vendidos nos primeiros dez meses deste ano 61.344 carros. Sendo que o mês passado fechou com 6.308 unidades – um crescimento de 2,6% ante o mês de setembro.

“Tanto na importação como na produção nacional, mais uma vez as nossas associadas não conseguiram atender à demanda potencial, por conta da falta de produtos em consequência do abastecimento instável de semicondutores. Infelizmente, a indústria automotiva internacional deve ser impactada por falta de insumos ao longo do próximo ano. Isso tem provocado fila de espera por vários modelos importados”, disse o presidente da Abeifa, João Henrique Oliveira, em comunicado.

Venda de carros importados: Volvo segue liderando entre as marcas

Volvo XC60 (Foto: Divulgação/Volvo)

A Abeifa também divulgou o desempenho individual de cada uma de suas afiliadas. E a Volvo mantém o bom ritmo entre as marcas que não fabricam veículos no Brasil. Apesar do número de vendas ser menor neste mês. Foram comercializados no mês de outubro 635 unidades. Sendo que o SUV híbrido intermediário XC60 continua sendo o carro mais vendido da marca (331 unidades).

Na segunda posição terminou a Kia. Ela teve 404 unidades comercializadas. Seu veículo com mais unidades vendidas foi a van Bongo (224 unidades). Apenas uma marca apresentou números maiores que o fechamento de setembro: a Jaguar (+122,9%).

Suzuki Jimny (Foto: Divulgação/Suzuki)

Enquanto isso, a Caoa Chery continua sendo a grande referência entre as que produzem carros em território brasileiro. Ela fechou o último mês com 4.515 unidades vendidas. Uma curiosidade é que ela foi a única que registrou aumentos: de 11,9% com relação ao mês de setembro e 126,1% no acumulado. A Land Rover fechou o mês passado com 128 unidades vendidas e a Suzuki fechou com 68 unidades comercializadas.

Carros elétricos e híbridos

Oliveira também se mostra preocupado também com o mercado de carros híbridos e elétricos. Isso porque a lista de exceção aos produtos híbridos e elétricas vencem no final do ano e ainda não foram renovadas.

“Vale ressaltar que as associadas à Abeifa têm expressiva representatividade em híbridos e elétricos Premium. Se não acontecer a renovação do regime, poderemos ter um 2022 ainda mais difícil, porque paridade cambial do real com o dólar e o euro ainda é muito desfavorável ao importador brasileiro e também porque 2022 será fortemente impactado pelas eleições gerais no Brasil”, conta Oliveira.

Pedro Giordan

Pedro GiordanJornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde abril de 2021. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.

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