O Jeep Compass completou cinco anos desde que foi lançado e começou a ser produzido no Polo Automotivo de Goiana (PE).
Com aproximadamente 315 mil unidades montadas e mais de 280 mil comercializadas no Brasil, o modelo é exportado também para 16 países da América Latina: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicaragua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
1º – Em sua plataforma atual, o Compass é um modelo global, mas o Brasil foi o primeiro a fabricá-lo. Depois, passou a ser produzido em outros quatro países: México, China, Índia e Itália. Anteriormente, o modelo foi produzido nos Estados Unidos e começou a ser importado para o Brasil em 2012
2º – São Paulo (SP) é a cidade que mais compra Jeep Compass no Brasil. Depois dela, seguem no ranking Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).
3º – Branco é a cor mais vendida do Compass e a versão Longitude Flex é a queridinha dos brasileiros.
4º – O modelo é o único que conta com motor Turbo Diesel em seu segmento.
Confira “Qual é a melhor versão do Jeep Compass 2022?”, matéria realizada por Flávio Silveira e publicada no dia 18 de agosto de 2021:
Qual é a melhor versão do Jeep Compass 2022? Bem, a linha 2022 do Jeep Compass foi apresentada na última quarta-feira (28) — leia mais aqui — com preços alinhados com os da geração anterior, que ficam agora na faixa entre R$ 146.990 e R$ 226.990 (exceto São Paulo e Paraíba).
Líder absoluto de vendas no segmento, e às vezes vendendo até mais que os SUVs menores, o Compass é um verdadeiro fenômeno de vendas. Fabricado em Goiana, PE, não tem o maior porta-malas nem a cabine mais espaçosa, e o motor 2.0 flex não se destacava, mas, ainda assim, conquistou muitos consumidores.
Agora, com a chegada da segunda geração, a maior novidade é a troca do 2.0 Tigershark, muito criticado pelo consumo, pelo novo e sofisticado 1.3 turboflex, batizado T270, parte da nova família GSE (Global Small Engines), uma grande evolução em relação ao Firefly (leia mais sobre ele aqui).
A nova mecânica deixou o SUV bem mais rápido: com etanol no tanque, a aceleração de 0-100 km/h baixou de 10,6 segundos para 8,8 segundos (Sport) ou 9,3 segundos (demais versões), uma diferença significativa.
Além disso, o Jeep Compass 2022 com motor flex, usando o sistema MultiAir que vem lá do Fiat 500, ficou de 15 a 18% mais econômico que a geração anterior segundo os testes do Inmetro. Vamos aos números…
CONSUMO DO JEEP COMPASS 2022
Segundo os dados do PBEV, enquanto o Jeep Compass 2021 fazia marcas de consumo na cidade de 6,1 km/l com etanol e 8,8 km/l com gasolina, o Jeep Compass 2022 tem consumo urbano de 7,4 km/l com etanol e 10,5 km/l com gasolina na versão Sport (7,1 e 10,3 na Longitude, 7,2 e 10,2 na Limited e na S).
Já na estrada, enquanto o Jeep Compass 2021 fazia consumo de 7,5 km/l com etanol e 10,8 km/l com gasolina, o consumo rodoviário do Jeep Compass 2022 é de 8,7 km/l com etanol e 12,1 km/l com gasolina (8,6 e 11,9 na Longitude, 8,3 e 11,7 na Limited e na S).
Com essa boa melhora no consumo e enorme melhoria no desempenho, o Jeep Compass 2022 obviamente ficou muito mais atraente nas versões flex, que antes eram rejeitadas por muitos consumidores — tanto que as versões a diesel (leia avaliação da topo de linha 2021 aqui) chegaram a vender mais que as flex nos últimos meses de comercialização (52% vs. 48%).
Mas qual versão do Jeep Compass 2022 vale mais a pena? O Blog Sobre Rodas responde aqui. Vamos analisar, com calma, uma a uma…
VERSÕES E PREÇOS
O Jeep Compass 2022 pode ser montado no site da marca neste endereço: Monte seu Compass (jeep.com.br). Os preços sugeridos vão de R$ 146.990 e R$ 226.990 (exceto SP e PB).
Jeep Compass Sport T270 Turbo Flex AT6: R$ 146.990
A versão de entrada do Jeep Compass 2022 já vem com o novo motor 1.3 turbo e parte de R$ 146.990. Fica alinhada com o Corolla Cross, e é mais barato que a versão topo de linha do já cansado Honda HR-V (leia aqui a avaliação do 2.0 EXL de R$ 132 mil).
O Jeep Compass Sport T270 vem com uma painel tradicional (não digital, mas ainda bom, no nível do Corolla Cross, por exemplo), uma central multimídia que não é HD e tem a tela menor, mas não é pequena demais e nem ruim de usar (com 8,4”, é igual à da geração anterior) e tem espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay.
Não se trata de uma versão pelada: tem faróis de LED, assim como as luzes de neblina, rodas de liga leve de 17″, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), freio de estacionamento elétrico com auto-hold (que o Corolla Cross não tem), controle de tração com a ajudinha do “Traction Control TC+” para sair de situações de pouca aderência, ar-condicionado automático digital de duas zonas e chave presencial.
Como opcionais, há bancos de couro (R$ 2.500). Com ele, chega a R$ 148.890. Ainda são aproximadamente R$ 14.000 de economia em relação ao Compass Longitude, versão logo acima.
+Avaliação: novo Hyundai Tucson é muito melhor que o Corolla Cross
+Avaliação: já aceleramos o novo Jeep Compass 2022 na versão híbrida 4×4 de 240 cv
+Os 10 SUVs “submédios” mais econômicos do Brasil
+Honda Civic 2022 é evolução (e não revolução) em sua 11ª geração
Jeep Compass Longitude T270 Turbo Flex AT6: R$ 162.990
Se você faz questão da multimídia maior, de 10,1” (abaixo) e com tela HD, uma das grandes novidades do Jeep Compass 2022, terá que pagar cerca de R$ 14 mil a mais.
Ainda leva pelo valor extra a mais o sistema “Adventure Intelligence”, com serviços conectados (travamento e destravamento das portas, localização do veículo, verificação da pressão dos pneus, ciclo de vida da bateria, nível do óleo e combustível, etc.), o quadro de instrumentos parcialmente digital, como o das versões top da geração anterior (a parte central colorida e configurável, de 7”, na foto abaixo).
Além disso, esta versão soma bancos de couro, aletas para trocas de marcha no volante (há quem nunca as use, mas eu acho muito importante) e o retrovisor interno eletrocrômico, muito conveniente para quem costuma viajar de noite.
Mas o Jeep Compass Longitude pode ir a R$ 166.490 com pintura metálica e o opcional couro cinza claro (R$ 1.600), dispensável para quem tem crianças, especialmente, pois suja mais fácil.
Jeep Compass 80 Anos T270 Turbo Flex AT6: R$ 170.990
Somados os itens mais “básicos” de tecnologia, conforto e conveniência, partimos para mimos e itens high-tech. É o que oferece o Pack 80 anos, que tratamos aqui como uma versão para ficar mais fácil.
O Jeep Compass 2022 com o Pack 80 anos ganha um incremento visual com o acabamento externo em grafite e os logotipos alusivos à versão.
Além disso, a central multimídia vem com o Adventure Intelligence Plus – que inclui mais opções, como partida remota, além de navegação embarcada (GPS off-line, para quando você poder navegar mesmo quando não há conexão de celular).
Outros itens do Pack 80 anos são o sistema de som incrementado, Beats, com 506w (8 alto falantes + subwoofer), o sistema de estacionamento semiautônomo (que é muito legal de mostrar para os amigos, mas não tão usado na vida real) e o carregador de celular por indução – não tão útil, uma vez que Android Auto e CarPlay ainda exigem conexão por cabo, que já carrega o aparelho.
+Avaliação: novo Hyundai Tucson é muito melhor que o Corolla Cross
+Avaliação: já aceleramos o novo Jeep Compass 2022 na versão híbrida 4×4 de 240 cv
+Os 10 SUVs “submédios” mais econômicos do Brasil
+Honda Civic 2022 é evolução (e não revolução) em sua 11ª geração
Jeep Compass Limited T270 Turbo Flex AT6: R$ 181.490
Em vez de levar o 80 anos com tudo, você pode comprar o Limited “básico” por R$ 181.490. Vai ganhar itens como o quadro de instrumentos digital muito mais bonito e cheio de opções, de 10,25″ (abaixo), teto em preto, rodas aro 19 (reduzem o conforto na terra e em buracos).
Além disso, ganha o monitor de ponto-cegos (bastante útil, principalmente no trânsito de grandes cidades) e o mimo do banco do motorista com ajustes elétricos.
Mas, se quiser o Jeep Compass 2022 na versão Limited com o teto panorâmico, terá que pagar os R$ 8.900 a mais, totalizando R$ 192.790. E, se quiser em vez do couro preto o marrom (mais chique e não suja tão fácil quanto o cinza, opcional no Longitude, pagará R$ 1.600 a mais). O Pack Protection de R$ 950 também é opcional.
Para completar, o Compass Limited tem como opcional o Pacote High Tech – que a marca deveria oferecer independente da versão, mas obriga a comprar o Limited se você o quiser. É o pacote que chamamos de assistência avançada ao motorista, com itens de condução semiautônoma.
Ele custa R$ 9.900 e inclui itens de segurança dispensáveis, mais que podem salvar em certas situações, como frenagem autônoma com detector de pedestres e ciclistas, reconhecimento de placas de trânsito, detector de fadiga e monitor de mudança de faixa.
Ainda no pacote High Tech, estão os bastante úteis farol alto automático (para quem pega estradas de pista única à noite) o controlador de velocidade adaptativo de utilidade questionável (eu nunca uso, não gosto).
Completam esse pacote som Beats, couro marrom e banco do passageiro elétrico e a prática tomada 127V AC. Falando em praticidade, ainda tem o porta-malas com tampa que se abre ao passar o pé debaixo do para-choques (quem carrega tralhas e crianças no colo sabe do que estou falando.)
Escolha todos os opcionais e seu Compass Limited passou dos R$ 200 mil (R$ 204.290, para ser exato). Mas você não vai comprar esse, porque, por um pouco menos, o Compass S vale mais a pena, por sai mais barato.
Jeep Compass S T270 Turbo Flex AT6: R$ 203.490
Mais uma mostra da importância do novo motor flex: antes só a diesel, agora o topo de linha Compass S é turboflex. Pelos R$ 22 mil a mais, além dos itens do Limited, tem pacote High Tech e teto panorâmico de série (que somariam cerca de R$ 20 mil no Limited), além de acabamentos plásticos pintados na cor da carroceria com detalhes em grafite e teto na cor preta.
E O JEEP COMPASS COM MOTOR A DIESEL?
O Jeep Compass motor turbodiesel era especialmente atraente diante do antigo 2.0 flex, bem mais fraco e mais gastão. Agora, sua vantagem se reduz bem. Na potência, por exemplo, seus 170 cv ficam abaixo dos 185 do novo motor turboflex (antes ele tinha até 166 cv), embora com mais torque — 35,7 kgfm contra 27,5 (eram só 20,5 no antigo 2.0 aspirado).
Mesmo com mais torque, o desempenho do Compass diesel fica bem aquém do visto no novo turboflex: são 10,7 segundos, sete décimos a mais que na geração anterior e só um décimo a mais que antigo flex – mas, principalmente, muito mais do que os excelentes 8,8 a 9,3 segundos do novo Compass 2022 (varia conforme a versão).
No consumo, o Compass 2022 a diesel faz 10,3 km/l na cidade e 13,5 na estrada – números um pouco melhores que os do turboflex, e de um combustível mais barato. Mas aí é preciso colocar na conta a manutenção mais cara, impostos (IPVA) mais altos, seguro normalmente mais oneroso… e, claro, o preço de aquisição, que é substancialmente muito mais elevado.
Sim, porque as listas de equipamentos são praticamente as mesmas, nas versões que coincidem (pois o diesel não tem Sport). Mas os preços do turbodiesel são muito mais altos: vejam quanto custam os Jeep Compass 2022 TD350 nas três versões que “coincidem” com os turboflex.
Jeep Compass Longitude TD350 Turbo Diesel 4×4 AT9: R$ 206.990
Jeep Compass 80 anos TD350 Turbo Diesel 4×4 AT9: R$ 226.990
Jeep Compass Limited TD350 Turbo Diesel 4×4 AT9: R$ 226.990
Sim, o Jeep Compass 2022 a diesel sai por R$ 44 mil a mais que os turboflex nas versões Longitude e 80 anos e R$ 45 mil extras na Limited.
Aqui, é ÓBVIO que não esquecemos da transmissão automática de nove marchas e, principalmente, da tração 4×4 com seletor de terreno, itens que podem ser considerados essenciais para quem encara estradas de terra ruins ou aventuras off-road. Nestes casos, claro que a diferença se justifica.
ensando nesse cliente, inclusive, há o Jeep Compasss TD350 Trailhawk 4×4 AT9, que, por R$ 226.990, traz, ainda itens como modo “Rock” no seletor de terrenos, rodas de 17″ com pneus de uso misto e parafusos antifurto, teto preto, protetores de cárter, transmissão e tanque, estepe “full-size” e suspensão elevada (21,6 cm livres do solo).
+Avaliação: novo Hyundai Tucson é muito melhor que o Corolla Cross
+Avaliação: já aceleramos o novo Jeep Compass 2022 na versão híbrida 4×4 de 240 cv
+Os 10 SUVs “submédios” mais econômicos do Brasil
+Honda Civic 2022 é evolução (e não revolução) em sua 11ª geração
E O HÍBRIDO?
No fim do ano, ainda deve chegar o Compass Trailhawk híbrido, batizado de 4xe, que já avaliamos (leia aqui). Estimamos que custe cerca de R$ 270 mil para ficar como opção mais sofisticada, combinando altíssima economia com capacidade off-road.
Afinal, qual é a melhor versão?
Bem, depois de ver em detalhes o que há em cada versão, posso cravar aqui a escolha do Blog Sobre Rodas. Obviamente, se dinheiro não é problema, diremos para comprar o Jeep Compass S T270, turboflex, se você não faz off-road e optar pelo Trailhawk TD370, a diesel caso precise de 4×4 ou percorra mais de 100 mil quilômetros/ano. Ou melhor, espere pelo incrível Jeep Compass Híbrido 4xe.
Mas a proposta desta seção do Blog não é optar pelo mais caro, obviamente. E sim pensar nas opções, considerar os prós e contras de cada uma delas, e buscar a compra mais racional, pensando na utilização e no custo-benefício. Então, vamos lá.
Com a grande melhoria da motorização flex tanto em desempenho quanto em consumo, só recomendo as versões a diesel realmente para quem precisa da tração 4×4 – uma pequena minoria dos consumidores. Neste caso, opte pelo Trailhawk, mais alto e com pneus, estepe e proteções mais adequadas para esse tipo de uso. Ela não custa nem 10% a mais que a de entrada a diesel e oferece bem mais.
Agora, para quem não precisa de 4×4, não há porque comprar o Jeep Compass a diesel. O motor é bastante ruidoso e meio lento nas respostas, o desempenho fica bem abaixo do visto neste novo flex e os custos gerais, não só de compra, mas de tributos e manutenção, são maiores.
Entre as versões flex, o Blog Sobre Rodas indica a compra do Jeep Compass Longitude T270 ou do Limited “básico”.
Como na geração anterior, a Longitude é a que tem melhor custo-benefício. Não tem recursos high-tech ou de sistemas avançados de assistência – alguns úteis, outros nem tanto – , mas tem todos os itens segurança mais importantes e a central multimídia mais legal.
Já se você faz questão do teto panorâmico, terá que levar o Jeep Compass Limited T270 “básico” (o teto era opcional no Longitude no lançamento, mas não é mais). Se você achar que vale a pena, é uma versão também muito atraente, com o quadro de instrumentos mais moderno e o útil monitor de ponto cego, e também vale o investimento extra. Mas lembre-se que as rodas aro 19 atrapalham um pouco o conforto.
Cada um faz suas escolhas, e obviamente não vamos te repreender se você quiser subir mais um pouco e optar pela versão S (que vale bem mais a pena que o Limited com opcionais) ou pela Limited com o pacote High Tech. Mas, chegando perto demais dos R$ 200 mil, começa a se aproximar de outras opções de SUVs maiores e bem interessantes disponíveis em nosso mercado…
MAIS NA MOTOR SHOW:
+ Peugeot Sport comemora 40 anos; saiba mais sobre
+ Qual é o melhor momento para trocar o amortecedor? Evite problemas
+ Volkswagen: fábrica de motores de São Carlos chega a 12,5 mi unidades
+ BMW coloca taxas especiais para toda a linha; confira
+ Van a hidrogênio: protótipo Renault Master H2-Tech é revelado
+ DeLorean, Batmóvel e Stark; veja quanto custaria os carros de filmes na vida real
+ Crianças no carro: saiba como transportar corretamente sem levar multa
+ Fórmula 1 divulga calendário para 2022; veja quando será o GP BrasilPorto Seguro sofre tentativa de ataque cibernético
+ Novo Transformers: diretor revela modelos que estarão no filme
+ Ducati Streetfighter V4 S esgota na pré-venda; conheça o modelo