Foi de uma maneira consensualmente considerada “original”, começando com teatro e passando por uma apresentação mais “formal”, que os alunos de uma turma do 11.º ano do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha – os VNBRacers – apresentaram o carro elétrico que construíram para participar no projeto Greenpower. O objetivo era mostrar e dar a conhecer o veículo e o projeto à comunidade, piscando o olho a possíveis apoios e ajudas.

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No sarau que decorreu na sexta-feira, dia 3 de dezembro, num auditório repleto de pais, professores e elementos da comunidade, foram os próprios alunos que apresentaram o seu envolvimento no Greenpower, um projeto que tem por objetivo chamar a atenção para os carros elétricos e inspirar jovens para o prosseguimento dos estudos, apresentando-lhes a indústria de engenharia como uma escolha de carreira.

A apresentação foi feita de uma forma criativa começando com um breve teatro. Foto: mediotejo.net

Divididos organizativamente por equipas – Mecânica, Eletrónica, Aerodinâmica, Marketing e Design – um porta-voz de cada uma destas equipas explicou em concreto o trabalho que cada uma desenvolve.

Pode descobrir mais sobre este projeto aqui:

VN Barquinha | Turma de secundário aguça engenho e constrói carro elétrico (c/vídeo)

Foi convidado a falar, Diogo Ferreira, filho da professora Paula Navarro, que lecionava Física e Química na escola D. Maria II na altura e que “importou” a ideia de participar no projeto para esta escola a partir da participação de Diogo como elemento duma equipa do Instituto Superior Técnico, na modalidade universitária. O jovem engenheiro deu o seu testemunho enquanto engenheiro e elemento de uma equipa participante no nível de ensino superior, tecendo rasgados elogios aos alunos. 

O presidente município barquinhense, Fernando Freire, e o Diretor do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, Paulo Tavares, estiveram também presentes sendo igualmente chamados a intervir.

ÁUDIO | Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha


Foi então que se retirou um pouco o pé do acelerador e se convidou tanto Fernando Freire como Paulo Tavares a meterem mudanças. Sendo solicitado o apoio diretamente a ambas as entidades, nenhuma se fez rogada.

Foram chamados a intervir Fernando Freire (presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha), Paulo Tavares (diretor do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha) e Diogo Ferreira (jovem engenheiro deu o seu testemunho enquanto engenheiro e elemento de uma equipa participante no nível de ensino superior). Todos foram consensuais nos elogios aos “jovens cientistas”. Foto: mediotejo.net

Na sua intervenção, o autarca de Vila Nova da Barquinha mencionou o orçamento participativo jovem, que está a ser feito pelo município, recomendando a que os alunos e o projeto se candidatem.

Referindo ao nosso jornal que grande parte do orçamento do município de Vila Nova da Barquinha, em termos financeiros, vai para a Educação, Fernando Freire ressalvou a ação da autarquia em matéria de educação: “fomos dos primeiros a fazer a introdução das ciências, fomos dos projetos pioneiros em Portugal também a adotar os semestres, não temos empresas privadas na escola, é a autarquia que tem a alimentação dos meninos, portanto há aqui algum muito empenho na parte da educação”.

ÁUDIO | Paulo Tavares, diretor do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha

“Mas também não podemos esquecer estes apoios que podem contar sempre com o apoio e carinho do presidente da Câmara para estes projetos”, acrescentou Fernando Freire. 

Paulo Tavares, diretor do agrupamento, mostrou-se também contente com o sarau desenvolvido pelos alunos: “Esta apresentação para mim foi motivo de grande orgulho, de um regozijo enorme para o agrupamento em virtude destes alunos pertencerem à Escola D. Maria II, e do seu desenvolvimento desde o pré-escolar até ao secundário, com esta maturidade, qualidade, excelência e esta forma de abraçar não só a área das ciências mas também da comunicação e das humanidades, e a forma muito boa como apresentaram este projeto”, disse ao mediotejo.net.

Os alunos entregaram ainda um ramo de flores, como forma de agradecimento, às professoras Paula Fonseca (diretora de turma), Paula Navarro (que “importou o projeto para a escola) e Dolores Silva (professora que acompanha os alunos e ajuda a dinamizar o projeto). Foto: mediotejo.net

Sobre o projeto, o diretor do agrupamento de escolas barquinhenses diz que “são várias partes da ciência que estão aqui em desenvolvimento e que dão um propósito para os alunos abraçarem, de terem vontade de desenvolverem”, pelo que “com esse desenvolvimento vão ter novos e melhores conhecimentos. São altruístas, são criativos, são eficazes e fazem o projeto andar e crescer”.

De forma a angariarem algumas verbas para poderem continuar a melhorar o veículos, os alunos venderam ainda porta-chaves feitos por eles próprios, numa impressora 3D. Mas não é só de apoio monetário que estes jovens engenheiros e engenheiras precisam, mas também de apoio material, logístico e de conhecimento, pelo que piscam o olho a toda a comunidade envolvente. 


Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior. Natural de Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, mas com raízes e ligações beirãs, adora a escrita e o jornalismo. Ávido leitor, não dispensa no entanto um bom filme e um bom serão na companhia dos amigos.

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