O Stonic, SUV pequeno híbrido leve, é um exemplo disso. Mas o carro-chefe dessa transformação deve novamente ser o Sportage, que chegará ao país em sua quinta geração no ano que vem, com um visual todo desconstruído e motorização híbrida, para recuperar o volume de emplacamentos e o prestígio de antanho.
O presidente do Grupo Gandini, responsável pela importação de modelos da Kia ao país, José Luiz Gandini, confirmou que já há protótipos em fase de homologação e prometeu o lançamento para meados de 2022, sem especificar o mês. Nossa aposta é que deve acontecer entre segundo e terceiro trimestres.
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Visual disruptivo
O que mais chama a atenção no novo Sportage é a verdadeira salada visual envolvendo faróis e grade dianteira, elementos que se confundem como se fossem uma coisa só.
Os faróis, especificamente, são full-LED, com direito a três lâminas horizontais superiores que fazem as vezes de luzes de seta e dois guias verticais em forma de bumerangue que invadem os para-lamas frontais e funcionam como luzes diurnas.
A grade, com acabamento preto, fica encravada no meio de tudo isso. Em seu topo, uma régua em cromo acetinado forma a parte de baixo da assinatura visual da marca, o conhecido “nariz de tigre”, junto do recorte do capô.
A parte traseira é mais comedida. As lanternas bipartidas têm um desenho criativo, mas não tão arrojado, e são integradas por um fino refletor que cruza a tampa do porta-malas. Todavia, os traços horizontalizados reforçam que o SUV ficou 3,5 cm mais comprido, 1 cm mais largo, 1 cm maior em entre-eixos e 1,5 cm mais baixo que o antecessor.
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Pelo ângulo lateral, ganha destaque a moldura preta que contorna os vidros da coluna A ao spoiler traseiro, dividindo a pintura da carroceria e criando um teto flutuante. A nova geração traz opção de versões com ou sem molduras plásticas nas caixas. Já as rodas vão de 17 a 19 polegadas.
Internamente, as soluções são mais convencionais, embora ainda modernas. Quadro de instrumentos e central multimídia são 100% digitais e integrados por uma régua flutuante em preto brilhante no painel, algo que já vemos nos Mercedes-Benz atuais, como GLA e GLB.
A saída de ar central se une à lateral direita como se fossem um difusor só e o console central é elevado, com um seletor giratório operando como manopla de câmbio. Resta saber se o novo Sportage trazido ao Brasil, provavelmente do México, terá tecnologias semiautônomas de segurança. No Stonic, elas foram ignoradas (possivelmente devido aos custos de homologação).
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Quatro opções híbridas
Globalmente, a quinta geração do Sportage oferecerá quatro opções de motorização híbrida, sendo duas do tipo leve, uma convencional (como os Toyota Corolla e Corolla Cross) e uma plug-in. Todas têm como base um propulsor a combustão 1.6 turbo a gasolina com injeção direta de combustível.
As duas vertentes híbridas leves contam com uma pequena bateria de 48 Volts acoplada ao sistema de transmissão, responsável por “desligar” o motor e manter as partes elétricas funcionando em períodos como desacelerações ou velocidade de cruzeiro, a fim de economizar combustível. Podem render 150 ou 180 cv.
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Já o híbrido convencional une o 1.6 TGDi a um propulsor elétrico no eixo dianteiro, proporcionando uma potência combinada de 230 cv. O câmbio, assim como nos dois casos acima e no que será detalhado abaixo, é sempre automático de seis marchas.
Por fim, o novo Sportage plug-in tem um motor elétrico de tração mais forte, com 91 cv, e uma bateria mais robusta, permitindo tração integral e recarga externa, além de conferir uma autonomia que pode chegar a 740 km no total, indo de 50 a 70 km em modo 100% elétrico. São a 265 cv e 35,7 kgfm combinados.
Qual dessas variações será trazida? Este ainda é o maior mistério. Mas uma coisa é certa: dentro do reposicionamento da marca Kia no Brasil, o novo Sportage não deve ser comercializado por menos de R$ 200.000. Veja mais detalhes sobre o novo Sportage e seu visual todo desconstruído em mais um vídeo do quadro O Que Vem Pra Pista:
Imagens: Divulgação/Kia
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