A parceria sino-brasileira segue renovando a todo vapor seu catálogo. Depois de Tiggo 3X, Tiggo 7 Pro e Arrizo 6 Pro, a marca afirmou que se prepara para uma importante novidade: uma versão híbrida do Tiggo 5X, que, segundo representantes da marca, chegará ao país ainda neste ano.
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Durante o lançamento do produto, Leonardo Lukacz, chefe de engenharia da marca, falou sobre a dificuldade de manter veículos dentro dos novos parâmetros da Rota 2030, justificando a configuração híbrida.
“Como todo mundo sabe, estamos no meio da primeira fase da Rota 2030. Atender aos novos requisitos sem algum nível de hibridização é muito difícil”, explicou o executivo. “Então, é muito provável que ele [Tiggo 5X] tenha uma versão híbrida em breve, ainda neste ano”, concluiu o engenheiro.
Resta saber qual será o trem de força usado no veículo: será um híbrido convencional com regeneração, igual ao Corolla Cross, ou um plug-in, com recarga externa na tomada, como os futuros modelos da Great Wall?
Ou, até, um híbrido leve, com uma bateria de 48V apenas para ajudar o veículo nas arrancadas, retomadas e desacelerações, como o recém-chegado Kia Stonic?
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Vale lembrar que o motor 1.5 turboflex atual do Tiggo 5x Pro não possui, ainda, uma variante com acoplamento a motores elétricos em nenhum outro mercado. Isso quer dizer que o Tiggo 5X Pro híbrido brasileiro pode receber um conjunto motriz inédito na gama global da Chery ou receber uma usina diferente da usada pelo SUV atual.
Um candidato seria o 1.5 TGDi (turbo com injeção direta, a gasolina) usado pelo Tiggo 8 Plus chinês, que trabalha em conjunto com dois motores elétricos, formando o sistema PHEV. A fabricante chinesa promete um consumo de até 80 km/l com esse sistema, como a Mobiauto já explicou.
O próprio Tiggo 8, aliás, deve receber no Brasil essa configuração também em 2022, junto com sua renovação de meia vida. No caso do Tiggo 5X Pro, porém, o custo de aplicação de um trem de força tão complexo talvez inviabilize o projeto.
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Entrando na briga dos elétricos
Além de prometer seu primeiro modelo híbrido para o Brasil, a Caoa Chery anunciou que já vem se preparando para ingressar no mercado de elétricos.
Na última semana, a matriz da Chery anunciou que construirá uma fábrica na Argentina para produzir cerca de 50 mil carros elétricos por ano. As instalações no país vizinho não estão ligadas à Caoa, sócia da empresa chinesa apenas em território nacional.
Entretanto, os executivos afirmam que poderão fechar contratos de troca de produtos entre as duas plantas nacionais da operação – Jacareí (SP) e Anápolis (GO) – e o futuro complexo argentino da parceira.
“Vemos isso de forma muito positiva, (…) porque temos perspectivas de fazer trocas comerciais, mandando produtos produzidos no Brasil para a Argentina e trazendo veículos elétricos que eventualmente não temos”, esclareceu Marcio Alfonso, CEO da Caoa Chery.
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Caso o projeto se concretize, a marca seria mais uma chinesa na briga entre os veículos elétricos, juntando-se a JAC e BYD na parada. E, daqui a alguns anos, à Great Wall.
Ainda não há informações sobre quais seriam os modelos, mas um dos favoritos para tal é um subcompacto de quatro lugares chamado iQ1, com proposta totalmente urbana e que já está em testes no país.
Com apenas 3.200 mm de comprimento, 2.150 m de entre-eixos, 1.670 mm de largura e 1.590 mm de altura, chegaria já brigando para ser o elétrico mais barato à venda no país.
Seu motor elétrico rende 40 cv e 12,2 kgfm, e o conjunto de baterias, formado por até três bancos modulares com 100 km de autonomia cada, rende uma autonomia máxima de 301 km no antiquado ciclo NEDC, menos rigoroso.
Outro que não se pode descartar é a nova geração do QQ, que se tornou um microcarro elétrico na China, com direito à roupagem “Ice Cream”, que mais parece um carrinho de Icegurt.
Acredite, o novo QQ consegue ser menor que o eQ1: são 2.980 mm de comprimento, 1.496 mm de largura, 1.637 mm de altura e 1.960 mm de entre-eixos. O motor rende meros 27 cv e 8,6 kgfm, com autonomia de 120 km (NEDC).
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