Um carro elétrico ou híbrido usado pode ser uma alternativa ao preço da gasolina, que atualmente beira a imoralidade. Mas se a compra de um seminovo “comum” já demanda muita pesquisa, quando se fala de um eletrificado de segunda mão há algumas peculiaridades.
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Além do estado de conservação e histórico de manutenção, é preciso ficar atento a vários aspectos específicos, como bateria e garantia. E também aos seus próprios hábitos de condução e à infraestrutura da sua cidade, bairro ou mesmo residência.
10 cuidados ao comprar um carro elétrico ou híbrido usado
Confira os principais pontos de atenção ao comprar carro elétrico ou híbrido usado
1. Garantia da bateria
A bateria é o item mais importante (e mais caro) de qualquer eletrificado. Na média, as montadoras oferecem oito anos ou 160 mil km de garantia para a peça, o que não significa que após esse período ela deixará de alimentar o motor elétrico. Porém, passado este prazo, os fabricantes não asseguram que ela funcione em sua plenitude em termos de carga e autonomia.
Então, é preciso estar atento a quando o veículo foi comprado e à quilometragem do carro usado elétrico. Solicite uma cópia do contrato de garantia do automóvel e pesquise – na rede de concessionárias da marca do carro desejado – sobre o quanto ainda resta de cobertura para a bateria, se existem políticas de reposição de peças no pós-venda e se a cobertura de fábrica pode ser transferida para o novo dono
2. Estado da bateria
A peça perde suas capacidades naturalmente com o tempo. Por esta razão, solicite ao dono do carro elétrico ou híbrido usado que você está de olho a última revisão feita pela oficina da concessionária autorizada. Lá, deve constar o diagnóstico sobre o estado da peça – algumas oficinas independentes já têm equipamentos que também fazem esse diagnóstico.
Você também pode fazer um teste. Combine com a loja ou o dono de ver o veículo logo após uma carga completa. Ligue o motor e confira no painel de instrumentos ou na multimídia do veículo qual a autonomia informada, e compare com o alcance declarado pelo fabricante.
3. Acessórios
Importante que o carro elétrico usado ou híbrido plug-in venha com o cabo de carregamento – ou com carregadores portáteis. Lembre-se que esses acessórios fundamentais têm preços entre R$ 2 mil a R$ 4 mil, conforme a marca e modelo. Barganhe com a loja – se for o caso – a inclusão, na negociação, de carregadores domésticos do tipo wallbox.
4. Rede elétrica
O local onde o carro usado elétrico será carregado precisa estar preparado, seja casa, garagem do edifício ou prédio comercial. Chame uma empresa especializada para verificar e, se necessário, adaptar a rede elétrica do local. Considere ainda a colocação de um wallbox, carregador doméstico que é mais rápido que uma tomada comum – dá uma carga completa entre 7h a 10h.
Para não piorar o clima de Guerra na Ucrânia típico de qualquer reunião de condomínio, consulte antes a administração do edifício para saber sobre a possibilidade de preparar a vaga na garagem para a instalação do carregador. É possível colocar um relógio separado só para o seu carro.
5. Dia-a-dia
Você sabe o quanto roda por dia com seu automóvel? Essa é a primeira resposta que você deve ter para saber qual carro elétrico usado comprar. Se você percorre 60 km por dia, um EV com alcance de 300 km só vai precisar ir para a tomada – dentro de uma boa margem de segurança – a cada quatro dias.
6. Revisões
Quando se fala em qualquer veículo seminovo ou usado, o histórico de manutenção é fator de compra. Com um elétrico, mais ainda. Verifique se o proprietário fez todas as revisões e dentro dos prazos corretos nas concessionárias.
7. Manutenção
Lembre-se, ainda, que não dá para levar o carro elétrico usado na “oficina do Zé”. Ainda são poucos os profissionais qualificados para mexer em EVs e híbridos. Ou seja: mesmo passada a garantia, você ainda ficará refém dos serviços – e preços – da concessionária autorizada.
8. Para durar mais…
É possível prolongar a vida útil da bateria e isso está diretamente ligado ao modo de dirigir. Primeira regra é evitar arrancadas e frenagens bruscas, pois são nessas situações em que o motor é mais exigido – e despende mais energia.
Além disso, se for parar, tire o pé do acelerador com antecedência para aproveitar a energia das desacelerações, especialmente em descidas – boa parte dos carros elétricos têm a função B no câmbio, que otimiza ainda mais essa função.
9. Dá para consertar a bateria?
Como as células têm desgastes diferentes dentro do conjunto de baterias, tecnicamente é até possível agrupá-las para que o sistema recupere um pouco da performance. Mas muito dificilmente voltarão a ter a mesma capacidade que tinham quandoeram zero bala.
10. Não dá choque!
Não se esqueça que há muitas lendas em torno de carros elétricos. Modelos eletrificados podem, sim, ser carregados debaixo de chuva ou trafegar numa boa em pistas molhadas e até com pontos – civilizados – de alagamento. O conjunto de baterias é selado e à prova de infiltrações e existe um dispositivo de segurança nos veículos que corta a corrente em caso de acidentes ou se o sistema perceber a entrada de água.
Você já dirigiu um carro elétrico? Então veja como é passar por essa experiência pela primeira vez!
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