A Toyota foi o destaque dessa categoria no ano passado, com os modelos Corolla Cross Hybrid (11.027 unidades vendidas) e Corolla Altis Hybrid (7.921 unidades). Ambos equipados com motor a combustão 1.8 flex, que pode ser abastecido com etanol para funcionar tanto como gerador de eletricidade para as baterias quanto auxiliar na propulsão do veículo.
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Apesar desse crescimento nas vendas, os híbridos ainda geram dúvidas sobre a sua operação. Antes de responder os principais questionamentos sobre esses carros, vale a pena entender como eles funcionam. Confira!
Afinal de contas, o que é um carro híbrido?
Um veículo híbrido, basicamente, utiliza dois tipos de motorização para se locomover: elétrica e a combustão. No entanto, existem algumas diferenças no modo de funcionamento desses carros, que são classificados como híbridos-leves, híbridos convencionais e híbridos plug-in.
Híbrido-leve ou MHEV
Esse tipo de carro híbrido, geralmente, utiliza um pequeno motor elétrico que auxilia a unidade a combustão em algumas situações para fornecer potência extra e, consequentemente, ajudar a economizar combustível. Por exemplo: o propulsor elétrico entra em ação em arrancadas e retomadas, garantindo maior agilidade ao veículo.
Além disso, o sistema possui um alternador de maior capacidade que o dos carros convencionais para armazenar eletricidade com o objetivo de alimentar outros equipamentos do veículo, como ar-condicionado, central multimídia, assistências de segurança, etc.
Kia Stonic e Range Rover Evoque são alguns exemplos de carros híbridos-leves vendidos no Brasil. Modelos do tipo geralmente são identificados pela sigla MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle).
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Híbrido convencional, full-hybrid ou HEV
São os modelos nos quais o motor elétrico participa mais da locomoção no uso urbano ou quando o veículo está em velocidade de cruzeiro na estrada. A bateria que fornece eletricidade a esse propulsor é consideravelmente maior que a dos híbridos-leves – o que adiciona peso ao carro. O componente é recarregado pelo motor a combustão ou pelo sistema de regeneração de energia dos freios.
Os híbridos convencionais mais populares no Brasil são os Toyota Corolla Altis Hybrid, Corolla Cross Hybrid, Prius e RAV4 Hybrid. Também pode ser chamados de full-hybrids ou HEV (Hybrid Electric Vehicle).
Híbrido plug-in, com recarga externa ou PHEV
Por fim, os híbridos plug-in ou com recarga externa são aqueles que podem abastecer a bateria em eletropostos e tomadas domésticas devidamente adaptadas para essa finalidade. De resto, o funcionamento é idêntico ao dos híbridos convencionais – contando, inclusive, com o motor a combustão e os freios regenerativos para recarregar a bateria durante o uso do veículo.
Marcas de luxo, como BMW, Porsche e Volvo, são as maiores representantes desses modelos no mercado brasileiro. Sua sigla é a PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle).
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7 dúvidas sobre carros híbridos
1 – Carros híbridos consomem menos combustível?
Sim. Os híbridos podem atingir médias de consumo acima de 20 km/l, dependendo das condições de uso, pelo fato de contarem com o auxílio do motor elétrico em boa parte de sua utilização. Ao contrário dos carros convencionais, que gastam mais combustível no uso urbano, os híbridos são mais eficientes nessa situação justamente por usarem mais o propulsor movido a eletricidade a baixas velocidades.
2 – Os híbridos emitem menos poluentes?
Sim. Quando o motor elétrico entra em ação para mover o veículo, a unidade a combustão é desligada automaticamente para reduzir o consumo e, consequentemente, deixa de emitir gases provenientes da queima do combustível, que são nocivos à atmosfera.
3 – Carros híbridos podem dar choque elétrico em contato com água?
Não. Assim como os elétricos, os veículos híbridos são construídos de forma que os seus componentes ficam completamente isolados da água. Não há perigo de choque elétrico nos ocupantes em dias de chuva ou na hora de mandar lavar o carro, por exemplo. Em caso de sobrecarga do sistema ou de acidentes, um sistema de proteção desarma as partes, como se fosse o disjuntor de uma casa.
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4 – A bateria do carro híbrido pode ficar viciada?
Não. A bateria é feita com tecnologia que não gera o efeito de vício, como a dos aparelhos eletrônicos, por exemplo. Diversos módulos se compensam quando um deles apresenta algum defeito ou ineficiência. Dessa forma, o sistema equilibra a carga para não prejudicar o funcionamento do carro. Além disso, a bateria possui garantia de, pelo menos, oito anos em caso de defeito de fabricação.
5 – Posso viajar longas distâncias com um veículo híbrido?
Pode viajar tranquilamente. Pelo fato de possuírem dois sistemas de propulsão, os híbridos são capazes de rodar longos trajetos. Mesmo que o nível de carga da bateria diminua, o motor a combustão ficará responsável por manter o funcionamento do veículo e gerar a eletricidade que alimenta o sistema híbrido.
Durante uma viagem, desacelerações, frenagens ou o simples embalo do carro em descidas já são suficientes para fornecer energia à bateria.
6 – O carro vai funcionar se a bateria descarregar?
Sim. Quando a carga da bateria está perto de se esgotar, o motor elétrico entra em ação para gerar energia. A bateria também é recarregada durante as desacelerações e frenagens. Dessa forma, o carro híbrido está sempre pronto para ser utilizado.
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7 – Como é dirigir um carro híbrido?
A rigor, é praticamente igual a dirigir um carro convencional. O motorista não precisa se preocupar em acionar o motor elétrico, pois o sistema do veículo se encarrega dessa função de acordo com a quantidade de energia armazenada na bateria – alguns modelos possuem o modo elétrico que utiliza somente a eletricidade em curtos trajetos.
No entanto, o condutor precisa redobrar a atenção ao dirigir um carro híbrido pelo fato de esse tipo de veículo não emitir ruídos no modo elétrico. Essa característica exige atenção, pois pedestres e ciclistas não vão ouvir o carro se aproximando.
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