Para o Guilherme Cavalcante, CEO e fundador da UCorp, startup de soluções para mobilidade elétrica, o mercado de carros elétricos pode ser beneficiado com o aumento dos combustíveis, entenda.
Cenário é favorável para a popularização de carros elétricos, entenda
Desde que se iniciou o conflito entre Rússia e Ucrânia as previsões dos impactos gerados pela guerra já adiantavam aumento dos combustíveis, como gasolina e gás natural, bem como, o de automóveis.
No entanto, não se sabia ainda o quanto cada um desses setores poderia ser atingido. Agora, quase dois meses depois, o conflito ainda se estende, e tem gerado consequências no mercado nacional.
VEJA TAMBÉM
O CEO da Volkswagen, Herbert Diess, afirmou recentemente para o Financial Times que o impacto da guerra na economia europeia será muito maior do que o da pandemia da Covid-19, podendo ter como resultado “enormes aumentos de preços, escassez de energia e inflação”.
Porém, um segmento pode ser beneficiado com o cenário atual. Para Guilherme Cavalcante, CEO e fundador da UCorp, startup referência em soluções para mobilidade elétrica a alta no preço dos combustíveis, que já está sendo percebida há algum tempo, jogou novamente o foco para o tema da eletrificação de frotas no país.
“Fato é que, o mercado de eletrificados brasileiro vem se expandindo há algum tempo, e pode pegar carona nesta crise dos combustíveis para aumentar a popularização dos VEs (veículos elétricos) na sociedade.”
Ele afirma que quando um preço aumenta, o consumidor vai em busca de opções que possam compensar mais, e este é o caso dos veículos elétricos.
De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), em 2021, por exemplo, houve um aumento de 77% de vendas, com 34.990 unidades vendidas.
Guilherme explica que o mercado de veículos elétricos, principalmente brasileiro passa pelo melhor momento para poder aumentar a popularização e mostrar os benefícios de ter um carro que não seja movido a combustíveis fósseis.
“É fato que ainda faltam, e muitas, melhorias para o setor e para que a população se interesse um pouco mais pelos VEs.
A primeira delas é a infraestrutura das cidades, é preciso que urgentemente o setor busque parceiros para aumentar a oferta de postos de carregamento pelo país.”
De acordo com um estudo do Boston Consulting Group (BCG), o Brasil vai precisar de 150 mil pontos de carregamento nos próximos anos, e hoje o país conta com cerca de 750 pontos.
“Além disso, é claro, entra o fator de preços. Um carro 100% elétrico tem o valor médio de R$ 165 mil, muito superior a um veículo popular a combustão.”
Híbridos plug-in devem ser usados para popularizar o segmento
O CEO ainda relata que nosso país, no entanto, conta com uma saída que pode ser fundamental para essa ajuda a popularização dos modelos eletrificados, os famosos: veículos híbridos plug-in.
Mais precisamente, aqueles que funcionam com baterias e com combustíveis, entre eles, o etanol. Mesmo que também sejam mais caros que o carro movido a combustível comum.
“Apostar neles como forma de passagem de um momento para o outro pode ser a saída.”
Para ele, a jogada pode funcionar com os veículos híbridos como uma etapa anterior para a eletrificação total, tendo em vista que trata-se de um produto fácil de ser desenvolvido no país, é amigável ao meio ambiente e dará tempo para a indústria elétrica investir em infraestrutura.
O que você achou? Siga @sitegaragem360 no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui