Antes de cair na pista, o pessoal da Kia nos deu uma aula sobre o EV6. Feito na Coreia do Sul sobre a plataforma E-GMP (compartilhada com a Hyundai), o crossover inaugura a família de carros elétricos da marca. Na Ásia, há opção de tração integral, mas a unidade que aceleramos – versão GT Line – tinha tração traseira. Assim, o motor fica atrás, debaixo do porta-malas. São 168 kW de potência, ou seja, o equivalente a 229 cavalos. E o torque máximo instantâneo é de 35 mkgf.

Nesta configuração, o Kia EV6 chega aos 100 km/h em 7,3 segundos e tem 188 km/h de velocidade máxima. Dessa forma, disposição tem de sobra. De acordo com a Kia, a autonomia é de 500 km (ou 450 km com o ar-condicionado ligado e outros gastos extras de energia). Nesse sentido, tudo depende do tipo de condução e das condições de tráfego.

Pé na estrada

Partimos de Itu no começo da manhã. O conjunto de baterias de polímero de lítio com 77,4 kW com sistema de resfriamento a água, que fica sob o assoalho, estava completamente carregado. No canto direito do painel de instrumentos (digital, de 12,3 polegadas), constava a indicação de 503 km de autonomia total. A chegada ao primeiro destino, Florianópolis (SC), estava prevista para o começo da noite, após aproximadamente 860 km de viagem.

Na serra, regeneração de energia alimenta baterias

Durante o trajeto, paramos o EV6 duas vezes para recarregar em eletropostos de recarga rápida. Ou seja, dava para deixar o carro plugado, tomar um café com calma e sair com 100% de autonomia. De acordo com a Kia, em postos de recarga ultrarrápida, as baterias podem encher de 10% a 80% em apenas 18 minutos. Um dado curioso já neste primeiro dia de estrada aconteceu no trecho de serra próximo a Curitiba (PR). Ali, foi possível redirecionar para a bateria toda a energia gerada nas frenagens. Assim, o sistema recuperou consideravelmente a autonomia.

A mesma regra vale para o trânsito intenso, por exemplo. Ao contrário dos carros a combustão, a condução urbana é mais econômica nos veículos elétricos. Isso, graças ao constante uso do pedal do freio. Inclusive, o nível de regeneração pode ser controlado pelo motorista por meio das aletas atrás do volante, que normalmente serviriam de paddle-shifts. O câmbio automático tem apenas o seletor shift-by-wire. Trata-se, portanto, de um comando giratório que pode alternar os modos R (Ré), N (Neutro) e D (Drive). Para ativar o modo estacionamento, basta apertar a tecla P (ao centro).

Vagner Aquino/Jornal do Carro

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