O plano de lançar o BYD D1 no Brasil está tomando forma. No início de maio, o Jornal do Carro publicou que o hatch elétrico – feito em parceria com a Didi Chuxing, gigante chinesa de mobilidade e dona do app 99 – está em testes no País. Agora, a informação é de que o modelo chega em julho. É o que disse o diretor de vendas da BYD Brasil, Henrique Antunes, ao UOL Carros. Entretanto, ele não será barato: o D1 terá preço de R$ 260 mil.

De acordo com Antunes, a BYD pretende se firmar no segmento comercial. Para isso, a montadora conversa com diversas locadoras e empresas de motoristas de aplicativo. Segundo o executivo, o D1 será uma alternativa para “empresas que necessitam de um veículo diferenciado e versátil para seus executivos, atendendo também a frotistas e governos, sobretudo em trabalhos executados por prefeituras e policiamento”.

No entanto, apesar da confirmação, não se sabe ao certo como o modelo será comercializado por aqui. Na China, por exemplo, há um bônus para incentivo na compra de veículos elétricos pelo governo. Além disso, não está claro se o BYD D1 será exclusivo para motoristas do app 99, ou se ficará disponível ao público geral – como no mercado chinês.

Divulgação/BYD

Mais de 300 km de autonomia?

Com foco no uso urbano, o BYD D1 traz um motor elétrico com desempenho modesto. Na China, ele gera o equivalente a 136 cv de potência e 18,3 mkgf de torque. Já a velocidade máxima é de 130 km/h. No mais, tal como nos demais carros da marca, o hatch traz um pacote de baterias Blade de 50 kWh, que, segundo Antunes, recarregam de 30% a 80% em até 35 minutos em estações de carga rápida. A autonomia é de até 317 km.  

No Brasil, o D1 será o terceiro carro da BYD. Aqui, a chinesa já comercializa o SUV de 7 lugares Tan e o sedã grande Han. Visualmente, o hatch aposta no formato de monovolume. Assim, é um carro compacto com amplo espaço interno. Ele mede 4,39 metros de comprimento e tem distância entre-eixos generosa, com 2,80 metros. Além disso, tem porta corrediça elétrica na lateral direita para facilitar o embarque e desembarque de passageiros.

Bem equipado

No geral, o BYD D1 é um carro simples, mas vem com farta lista de equipamentos como, por exemplo, sistema de direção autônoma nível 2. Nele, estão inclusos recursos como frenagem de emergência, alerta de saída de faixa e de colisão com detecção de pedestres, bem como sistema de monitoramento. Dessa maneira, o veículo auxilia o motorista. Há uma inteligência artificial que analisa voz e vídeo, com reconhecimento facial.

No painel, a central multimídia de 10,1 polegadas traz sistemas de entretenimento e demais funções do carro. O equipamento ainda faz a verificação do motorista, embarque e desembarque, pagamento e atendimento ao cliente. Por fim, para os passageiros, há duas telas sensíveis ao toque atrás dos bancos dianteiros com entradas USB.

BYD D1
Divulgação/BYD

Uber na mira

Outra empresa que pretende adotar carros elétricos é a Uber, rival direta da 99. Em setembro de 2020, a startup anunciou que suas corridas seriam feitas apenas com veículos movidos a bateria até 2040. Mas, em lugares como Estados Unidos, Canadá e Europa, a plataforma pretende disponibilizar esses modelos até 2030.

O programa Uber Green já está disponível em alguns lugares dos EUA. Nele, o passageiro pode escolher viajar em um carro elétrico ou híbrido por mais US$ 1. Para estimular os motoristas a trocarem seus carros a combustão por eletrificados, a Uber vai investir mais de US$ 800 milhões até 2025. Além disso, a companhia se compromete a pagar mais para os motoristas que dirigem veículos com emissão zero.



A companhia afirmou que está trabalhando conjuntamente com a GM nos EUA e Canadá. Na Europa, há parceria com Renault e Nissan. Essas alianças buscam oferecer preços mais atraentes de modelos elétricos. A Uber pretende ainda expandir outros modos de mobilidade, como o uso de scooters e bicicletas elétricas.

O Jornal do Carro está no Youtube

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