A BYD já possui alguns veículos de entrega circulando no país. A Volkswagen criou o pequeno caminhão urbano e-Delivery, enquanto a Stellantis lançou versões elétricas de Citroën Jumpy e Peugeot Expert, enquanto o Fiat e-Scudo pode chegar em breve.
No entanto, outro carro pode chamar atenção das diversas marcas do Brasil por ser consideravelmente mais barato. Estamos falando do Renault Kwid E-Tech Cargo, modelo que apareceu na lista atualizada de etiquetagem do Inmetro. Fomos atrás para saber um pouco mais desse elétrico.
Chegada breve
Revelado pelos colegas da Quatro Rodas, o Kwid E-Tech Cargo ainda não está confirmado para o Brasil. No entanto, a Mobiauto pode afirmar que o modelo deve ser lançado em outubro deste ano, seis meses após a chegada da configuração elétrica de passageiros do subcompacto.
Segundo nossas fontes, a previsão é que o modelo custe menos que os R$ 146.990 do Kwid E-Tech. Para isso, deve perder alguns itens, como central multimídia, além de renunciar aos bancos traseiros e ter um acabamento ainda mais simples. Será que custará menos que os R$ 139.990 do Caoa Chery iCar?
O foco, obviamente, será em vendas para frotistas, especialmente serviços de entregas de produtos em grandes cidades. A ideia é conquistar empresas que trabalham com o chamado “last mile”, ou seja, o último trecho da entrega, entre o centro de distribuição e o endereço do cliente.
Como é o Kwid E-Tech Cargo
Ainda não temos todos os detalhes da versão comercial do Kwid elétrico, no entanto, como o modelo nacional é baseado no Dacia Spring, podemos tirar algumas conclusões. A primeira delas é sobre o espaço para cargas: 1.100 litros.
Na Europa, o Dacia Spring Cargo tem motor elétrico de 44 cv e 12,7 kgfm de torque, enquanto por aqui o Kwid E-Tech Cargo deve adotar o mesmo propulsor da versão já vendida no país. Portanto, estamos falando de 65 cv de potência e 11 kgfm de torque.
A autonomia deverá ser próxima dos 300 km, como já acontece com o Kwid E-Tech de cinco lugares. A grande vantagem para as empresas que optarem por esse tipo de veículo estará nos custos.
O primeiro deles é no combustível, uma vez que a energia elétrica é mais barata que a gasolina. Vale lembrar que, para entregas, 300 km de alcance é um bom número para rodar ao longo do dia. Os carros seriam carregados durante a noite nos centros de distribuição (até porque o Kwid E-Tech não disponibiliza a opção de recarga rápida).
O segundo ponto, ainda dentro dos custos, é a manutenção simplificada. Um veículo elétrico possui muitos menos componentes e oferece custos de manutenção mais baratos. Ae empresas ainda conseguem obter créditos especiais junto ao BNDES para financiar a compra dos chamados “veículos zero-emissão” para composição de sua frota.
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