BMW i3 tem produção encerrada depois de nove anos com série limitada de 10 unidades | Elétricos e Híbridos

Lançado na Europa no final de 2013, o hatch pavimentou o caminho da BMW na mobilidade elétrica, inaugurando a divisão i. Agora, sai de cena com um cenário mais consolidado: depois dele, a marca alemã lançou iX3, iX e i4 – todos movidos a energia elétrica.

Ainda hoje, o i3 é considerado um carro revolucionário. Tem a estrutura de plástico reforçado com fibra de carbono e utiliza uma série de materiais reciclados no interior.

Para marcar a despedida – anunciada em fevereiro – a BMW preparou uma edição especial chamada HomeRun. Foram produzidas apenas 10 unidades, todas já vendidas. Os compradores ainda puderam acompanhar a fase final de montagem diretamente na fábrica de Leipzig.

A série limitada é oferecida com duas opções de pintura: cinza ou vermelho, ambas com acabamento fosco. O i3s HomeRun ainda traz rodas de 20 polegadas com desenho exclusivo, teto solar elétrico, faróis de LED adaptativos e acabamento de couro em bancos, volante e moldura do painel.

O i3s não chegou a ser oferecido no Brasil. Na Alemanha, traz motor de 184 cv e baterias com autonomia de 307 km, segundo o ciclo WLTP.

Com o fim da produção do i3, a fábrica de Leipzig vai se concentrar na fabricação de baterias de alta tensão e outros componentes para carros elétricos. O local também fará, a partir do ano que vem, a nova geração do Mini Countryman elétrico. Será a primeira unidade do grupo BMW a fazer veículos das duas marcas.

Quem irá substituir o primeiro carro da família i da BMW será o iX1, versão elétrica do X1. O crossover foi apresentado no início de junho como o novo elétrico de entrada da fabricante, com um preço bem mais acessível do que o sedã i4, o SUV iX, e sua versão esportiva iXM60.

O iX1 tem motor de 313 cv e mais de 50 kgfm de torque. Sua autonomia, segundo a BMW, chega a 440 km.

De visual futurista e porte urbano, o hatch desembarcou no Brasil no final de 2014, quando era vendido por R$ 235.950. Desde então, não houve mudança em sua motorização, que permaneceu com o propulsor de 170 cv e 25,5 kgfm. Esse conjunto é suficiente para fazer o compacto de tração traseira atingir os 100 km/h em 7,9 segundos.

Na época, somente o conjunto elétrico era capaz de mover o carro por 160 km. Então, um pequeno motor a combustão de dois cilindros foi acoplado ao carro para alimentar a bateria elétrica e servir como um extensor de autonomia. Desse modo, o BMW podia rodar por mais 100 km.

Anos depois, em 2018, o i3 deixou de lado o compacto propulsor a combustão e adotou baterias com maior capacidade. Por sua vez, a autonomia foi estendida para 335 quilômetros. Atualmente, ele é vendido em apenas uma versão no Brasil, que custa R$ 340.950.

Segunda vida das baterias

Se a produção do carro chegou ao fim, as baterias, pelo contrário, continuarão. A chamada segunda vida das baterias – que ocorre quando elas não servem mais para o carro, mas podem ser aproveitadas em outras inúmeras atividades – será um tanto diferente.

Cerca de 40 módulos de baterias do i3 vão gerar energia elétrica para iluminar os palcos em shows da banda britânica Coldplay.

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