A política de preços relacionada aos combustíveis fósseis e o agravamento dos problemas ambientais têm acelerado a entrada de veículos híbridos e elétricos no mercado de automóveis. 

As previsões mais pessimistas dão conta de que até 2040 não haverá mais carros movidos a gasolina, óleo diesel e etanol. 

Montadoras vão antecipar tudo isso. 

Pelo menos é o que acreditam consultores de vendas de veículos em Campo Grande.

À parte deste mercado, mas com os olhos atentos aos preços dos combustíveis, a economista Andreia Ferreira, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), destaca que mesmo com as quedas de preços, ainda está caro abastecer os carros. 

De acordo com Andreia Ferreira, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Mato Grosso do Sul apresentou retração nos preços da gasolina, na semana de 24 a 30 de julho de 2022.

Apesar da queda motivada pela redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 30% para 17% na gasolina; e de 20% para 11,33% no etanol, os preços continuam elevados quando a análise é feita para o período de um ano. 

Etanol e diesel, por exemplo, acumulam alta de 59,47% em Mato Grosso do Sul – um percentual maior que a média nacional, que é de 58,63%.

Segundo Andreia Ferreira, essa redução – fruto da redução do ICMS nos combustíveis – teve efeito mais perceptível para os consumidores de gasolina. 

Ela explica que é uma situação temporária porque a medida ficará em vigor somente até o final deste ano. 

“No caso do diesel, como a medida não considera as variações cambiais, tampouco as oscilações da cotação internacional do preço do petróleo, que já estão sendo afetadas com a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, assim como do inverno na Europa, a medida tende a não surtir efeito”, explica Andreia Ferreira.

 

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