Na vida, existem algumas coisas que todo mundo deveria experimentar ao mínimo uma vez. Viagens, comidas, músicas, lugares, carros e por aí vai. Entre os automóveis, um modelo que deveria estar na lista de presente de Papai Noel para todo mundo, é o Volvo XC90 T8.

O gigante sueco conta com duas variações em sua versão híbrida, a Inscription, voltada para o luxo, e a R-Design, com apelo mais esportivo. Testamos as duas opções, a primeira pelas ruas de Brasília, com foco no dia a dia. A segunda, por rodovias do Sudeste entre São Paulo e Rio de Janeiro. Nas duas, o grandalhão surpreende em todos os detalhes. 

Volvo XC90 T8 R-Design tem visual mais esportivo.

Primeiro, vamos as especificações. Como todo modelo T8 da Volvo, o XC90 é um híbrido. O SUV grande conta com um motor 2.0 de 320 cavalos ligado ao eixo dianteiro e outro elétrico de 87 cavalos acoplado no eixo traseiro. Juntos, eles geram 407 cavalos e 65kgfm de torque. 

Assim, mesmo com mais de duas toneladas (2.125kg, mais precisamente), o gigante sueco é capaz de ir do zero aos 100km/h em míseros 5,6 segundos. O preço é condizente com as especificações do SUV, ou seja, caro: R$ 409.950 para as duas versões. O interessante é que, desde o lançamento de cada uma, a Inscription teve uma redução de R$ 47 mil e a R-Design de R$ 20 mil.

Luxo Vs. Esportividade

Muito luxo a bordo, como a manopla do câmbio de cristal sueco.

As duas versões contam com alguns poucos detalhes visuais diferenciados. Os principais pontos são os cromados na Inscription que passam a ser pretos na R-Design, com foco na grade frontal. As rodas também contam com desenhos diferentes. Por dentro, as maiores mudanças focaram no couro do banco, que passa a ser alcantara na versão esportiva. 

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O acabamento primoroso é idêntico nas duas configurações. Todos os materiais são de extrema qualidade, com foco no couro e plástico macio ao toque. A Inscription conta com detalhes em madeira e a R-Design em fibra de carbono. Nas duas, a manopla do câmbio é em cristal, da marca sueca Orrefors.

Terceira fileira de bancos leva adultos com conforto.

Além do primor, o interior também é bastante espaçoso. Na R-Design, andamos com “carga” máxima. O teste foi feito com seis pessoas a bordo, mais bagagem. Nessa configuração, todos os ocupantes viajam sem aperto, isso porque a fileira do meio é configurável, podendo ir para frente ou para trás. 

Assim, mesmo um adulto pode andar na terceira fileira sem aperto ou necessidade de parar a todo momento para “esticar as pernas”. Claro que, dessa forma, o porta-malas não conta com os 721 litros, mas mesmo assim foi possível levar a bagagem das seis pessoas.

Mais que completo

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Painel de instrumentos digital e configurável.

Como veículo topo de gama de uma marca de luxo, o XC90 T8 tem uma lista de equipamentos para lá de generosa. As duas versões são praticamente idênticas neste quesito, com exceção a dois itens, a refrigeração dos bancos dianteiros e as borboletas no volante.

A R-Design conta com o segundo mas não com o primeiro, que por utilizar couro alcantara, não pôde contar com o sistema. Mas como a Inscription, ela vem com aquecimento. 

O sistema de refrigeração é um caso à parte. O ar-condicionado é quadri-zone, ou seja, tanto os ocupantes da dianteira quanto da fileira do meio conseguem regular a temperatura e força do vento. Os últimos bancos contam com ventilação, podendo ser aberta ou fechada. Assim, todos os ocupantes não passam calor, ou frio, dependendo da situação.

Diversos itens de comodidade, como a tela gigante da central multimídia. 

Ele vem com abertura e fechamento do porta-malas automático (basta passar o pé por baixo do para-choque traseiro que a tampa abre ou feche), sistema de som premium com 19 alto-falantes de 1.400w de extrema qualidade, a sensação é de estar em uma sala de sinfonia tamanha a qualidade do som. 

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A lista de equipamentos ainda conta com teto solar elétrico panorâmico, central multimídia com conexão com smartphone, painel de instrumentos digital e configurável, head-up display e abertura das portas e partida do motor com chave presencial. 

Como sempre, seguro

Entre os itens de segurança, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.

Na parte da segurança, como todo Volvo, o XC90 é um caso à parte. Ele vem com auxiliares de permanência em faixa, de mitigação de pista oposta e de frenagem de emergência, inclusive com assistência a manobra evasiva (tudo para deixar o carro no traçado correto), alertas de colisão frontal e traseira, de mudança de faixa, de ponto cego e de cansaço do motorista.

Itens já considerados clássicos na marca como piloto automático adaptativo e monitoramento de pressão dos pneus não poderiam faltar. Ele ainda tem sistemas de proteção em saída de estrada, contra impactos laterais e lesões na coluna cervical. Isso sem falar nos sete airbags, câmera 360º e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros. 

O modelo conta com tudo que há de melhor da marca no quesito segurança.

Por meio de sensores e câmeras, o veículo monitora as faixas das vias e um sistema comanda automaticamente a aceleração, frenagem e movimentação do volante. Na cidade, esses sistemas auxiliam principalmente na condução do dia a dia, afinal estamos falando de um gigante de quase cinco metros (4.950mm). 

Na estrada e na cidade

Conjunto mecânico híbrido de 407 cavalos.

Graças aos sensores, é fácil manobrar o grandalhão, mesmo em estacionamentos apertados. A direção elétrica também ajuda, assim como as câmeras 360º, com visão na tela gigante da central multimídia. 

O piloto automático adaptativo é uma mão na roda, principalmente em engarrafamentos e no anda e para das cidades. Os vários alertas de condução ajudam a evitar qualquer tipo de toque. Em emergência, o veículo consegue até fazer uma parada total sem o auxílio do motorista. 

Rodas da R-Design são mais esportivas.

O XC90 T8 conta com seis modos de condução (Pure, Hybrid, Power, AWD, Off-Road e Individual). Com isso, é possível optar por uma tocada mais esportiva ou mais econômica, configurando a direção ao gosto do condutor. E quando dizemos econômica, é de verdade.

Como o motor elétrico pode funcionar sozinho ou em conjunto com o a combustão, dependendo do tanto que você rode, é possível nunca utilizar o propulsor movido a gasolina. Durante o teste pelas ruas de Brasília, a caixa de força eletrificada rodou por 40 quilômetros sozinha. Como o T8 é plug-in, você pode ao fim do percurso, colocá-lo para carregar. 

Ar-condicionado digital e de quatro zonas.

Se a necessidade de rodar for maior, o propulsor a gasolina ajuda a recarregar as baterias também. Além disso, se o motorista preferir uma tocada mais agressiva, os 407 cavalos não fazem nada feio. Trabalhando todos ao mesmo tempo, qualquer manobra é feita com extrema facilidade, mesmo com o porte avantajado do SUV, de ultrapassagens a saídas em velocidade.

A força extrema também é muito útil na estrada. No percurso de ida e volta entre São Paulo e Rio de Janeiro, rodamos com “carga” completa. Éramos seis pessoas mais bagagem e, mesmo assim, nenhuma manobra fica prejudicada. O grandalhão acelera com facilidade e de forma primorosa. Assim como na cidade, todas as manobras são feitas sem qualquer esforço. 

O gigante chama a atenção por onde passa.

Os sistemas de segurança e os auxiliares de condução ajudam muito no rodar pelas rodovias. O lane assist (auxiliar de permanência em faixa), faz com que o volante fique mais “leve”. Como o carro lê as faixas de rolamento, o motorista quase não faz esforço para manter o utilitário no traçado correto. Assim, ao fim de um longo trecho na direção, o condutor não fica fatigado. 

A grande diferença entre o rodar na cidade e na estrada é o consumo. Como nas rodovias o veículo acaba utilizando menos o motor elétrico, o gasto com combustível fica um pouco maior, principalmente com o “carro cheio”. Mas mesmo assim ele vai muito bem. 

Por ser plug-in, é possível carregar as baterias na tomada.

Durante o teste na rodovia, ele fez, em média 8,5km/l. Já na cidade, com o maior uso do propulsor elétrico, a média ficou em impressionantes 15km/l. Mostrando que é possível unir potência, luxo, comodidade e baixo consumo de combustível. 

A opinião do Diário Motor

Volvo XC90 T8 R-Design.

O Volvo XC90 T8, tanto na versão R-Design, quanto na Inscription, é de altíssima qualidade. Não existe um aspecto do veículo que mereça um comentário negativo. Claro, a não ser o preço, mas isso é um problema mais do nosso país do que das marcas em um geral. 

Os R$ 409.950 são salgados para um veículo. Mas para quem tem essa grana toda e pretende gastar eu um carro, poucos modelos permitem um conjunto tão grande de qualidade, seja na motorização híbrida, no acabamento, na lista de equipamentos de conforto e segurança ou no espaço interno extremamente generoso. 

Volvo XC90 T8 Inscription.

Qualquer pessoa que vê um XC90 fica maravilhada, se entrar no SUV, aí que a admiração fica ainda maior. O utilitário chama a atenção por todos os detalhes e deveria fazer parte da lista de presente de Natal de todo mundo. Quem sabe um dia, chegamos a um nível de desenvolvimento que qualquer pessoa possa usufruir de tamanha qualidade. Vale a compra! Nota 10.

Ficha Técnica 

Motor forte, mas com consumo otimizado.

Motor: 2.0 híbrido

Potência máxima: 407cv

Torque máximo: 65kgfm 

Direção: elétrica

Suspensão: independente nas quatro rodas

Porta-malas: 721 litros (com os bancos traseiros rebatidos)

Dimensões (A x L x C x EE): 1.776 x 2.008 x 4.950 x 2.984mm 

Preço: R$ 409.950

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