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A BYD tem uma série de lançamentos previstos para o Brasil em 2024. Um deles é o BYD King, o sedã médio híbrido plug-in que a fabricante chinesa planeja para o Brasil há mais de dois anos e que agora pode ter encontrado seu espaço na linha da marca. Com o preço certo, seria o rival que o Toyota Corolla híbrido espera desde 2018.
Havia questões de estratégia e ciclo de produto para serem ajustadas e respeitadas. Apesar de o nome ser inédito, o BYD King nada mais é do que o Destroyer 05 com um nome escolhido exclusivamente para a América Latina.
O BYD Destroyer 05, por sua vez, é uma variação do BYD Qin Plus, o carro mais vendido da China em 2023, com 355.017 unidades, de acordo com a Focus2Move.
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Aqui, vale abrir um parênteses para entender a relação entre o Qin Plus e o Destroyer 05. A BYD tem duas famílias de produtos, a linha Dinasty (Song Plus, Qin, Yuan Plus, Han e Tan) e a série Ocean (Dolphin, Seal, Seagull, Destroyer 05), e cada família tem sua própria rede de concessionárias. Ou quase isso: o Song Plus também é vendido em concessionárias Ocean. No caso dos sedãs médios, cada rede concessionárias tem seu produto.
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De certa forma, o Destroyer 05 também é uma reestilização do BYD Qin Plus. Seus faróis full-led são mais estreitos e alinhados com a grade, que é composta por filetes cromados. As rodas são diferentes, ambos os para-choques são diferentes e as lanternas traseiras interligadas são menores e acinzentadas no Destroyer.
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Por dentro, o painel é muito parecido, mas tem linhas mais retas na parte superior, única parte com acabamento macio – assim como a parte superior de todas as portas. As saídas de ar-condicionado centrais são as mesmas, mas o console é diferente: trocaram o seletor de marcha do tipo joystick por um giratório, mas todo o console permanece sem acabamento macio.
A tela giratória para a central multimídia está mantida, mas só tem 15,6 polegadas na versão mais cara. Por outro lado, a tela do quadro de instrumentos do futuro BYD King é maior, com 8,8 polegadas (em vez de 5 pol.) embora não tenha grande resolução. Para um carro que tem ajustes elétricos nos bancos dianteiros e teto solar, poderia ser melhor.
Em temos de dimensões, o BYD King é maior que um Toyota Corolla. São 4,78 m de comprimento (14 cm a mais), 2,72 m de entre-eixos (2 cm a mais)), 1,84 m de largura (6 cm a mais) e 1,49 m de altura (6 cm a mais). Mas o conforto no banco traseiro não chega a ser tão bom, por causa do assoalho alto devido ao pacote de baterias. Mas há saídas de ar dedicadas e duas portas USB.
A lista de equipamentos inclui piloto automático adaptativo (ACC), assistente de permanência em faixa, reconhecimento de placas, seis airbags, chave NFC, rede WiFi 4G e atualizações via internet.
Como anda o BYD King
Pudemos conhecer melhor o sedã médio híbrido plug-in da BYD durante uma sessão de test-drive em Shenzhen, na China. A versão disponibilizada, porém, foi a mais sofisticada e potente.
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Esta versão não dispensa o motor 1.5 aspirado de 110 cv e 13,4 kgfm, mas o motor elétrico integrado ao câmbio e-CVT tem 197 cv e 33,4 kgfm, e o conjunto de baterias tem 18,3 kWh de capacidade. Esse conjunto garante autonomia elétrica para até 120 km, aceita carregamento rápido a até 17 kW e pode até alimentar uma casa. Além disso, promete 1.200 km de autonomia e um consumo médio de 28 km/l.
A outra versão tem exatamente o mesmo conjunto do BYD Song Plus vendido no Brasil, com o mesmo motor 1.5 aspirado mas combinado ao motor elétrico de 179 cv e 31,9 kgfm. A potência combinada no Brasil é de 224 cv. Contudo, a bateria tem apenas 8,3 kWh de capacidade, promete 46 km de autonomia e a potência de recarga é limitada a 3,3 kWh.
Usar a mesma mecânica do Song Plus facilitaria as coisas, mas existe a possibilidade do SUV também ganhar o sistema híbrido plug-in mais parrudo ao longo do ano junto com sua reestilização.
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Se serve de estímulo, o BYD King acelera muito bem com o conjunto mecânico mais potente. Nas arrancadas, canta pneu tanto no modo elétrico quanto no modo de funcionamento hibrido. Ao contrário do Song Plus, o sedã tem respostas rápidas e passa a sensação de ser leve. De fato, é cerca de 175 kg mais leve.
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O desempenho máximo e o 0 a 100 km/h em 7,3 segundos declarados pela fabricante são obtidos em modo híbrido, mas o maior conforto é obtido em modo elétrico: não é só pelo óbvio silêncio, mas porque o motor 1.5 transfere muita vibração para bancos e volante. Por sinal, o King tem direção mais pesada que outros BYD, o que aumenta a sensação de precisão da direção.
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Na comparação com o Toyota Corolla, o BYD King entrega mais potência e sua bateria permite um funcionamento elétrico por bastante tempo. Mas poderia ser mais refinado, especialmente em absorver as vibrações do motora combustão.
Ficha técnica – BYD King
Motor: gas., diant., transv., 4 cil., 16V, 1.497 cm³, 110 cv, 13,8 kgfm. Elétrico, dianteiro. Soma de 197 cv, 33,4 kgfm
Câmbio: e-CVT, tração dianteira
Direção: elétrica progressiva com ajuste de dureza, 11,1 m (diâmetro de giro)
Bateria: Blade (LFP) 18,3 kWh; recarga em 1,1 h a 17 kW; autonomia elétrica, 120 km (CLTC)
Suspensão: McPherson (diant.), multilink (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.), disco sólido (tras.)
Pneus: 235/50 R19
Dimensões: compr., 478 cm; larg., 184 cm; altura, 149 cm; entre-eixos, 272 cm; peso, 1.700 kg
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Fonte: BYD King: dirigimos o sedã que faz 28 km/l e ameaçará o Corolla no Brasil