Reestilização do SUV deve ganhar o mercado em 2021 com mudanças profundas no visual dianteiro e sistema e-Power nas versões de topo
A Nissan já desenvolve no Japão uma reestilização do Kicks, que deve ganhar o mercado brasileiro em 2021. Tanto que imagens de protótipos em testes vêm sendo publicadas por perfis japoneses no Instagram e no Twitter.
A dianteira está bem diferente, em especial faróis e grade (que lembram até um Mitsubishi), mas as lanternas traseiras com o mesmo formato do modelo atual entregam que se trata do Kicks.
No Japão, o SUV compacto será lançado para substituir o primo Juke.
Conforme antecipado por QUATRO RODAS no ano passado, além das mudanças visuais (quase todas concentradas na parte dianteira), o novo Kicks compacto ganhará uma inédita (no Brasil) configuração híbrida.
Trata-se do sistema e-Power, cujo funcionamento é bem diferente do conjunto existente no Toyota Corolla.
No caso dos Nissan, o motor 1.2 a combustão funciona apenas como gerador de eletricidade, armazenada em uma pequena bateria de 1,5 kW. Esta, por sua vez, alimenta um propulsor elétrico posicionado no eixo dianteiro.
O motor elétrico é o único responsável por tracionar as rodas e não existe recarga externa. Nossa reportagem já experimentou o sistema no monovolume Versa Note, atual carro mais vendido do Japão.
O desempenho, pelo menos no caso do Note e-Power, é interessante: se os 112 cv do motor elétrico ficam abaixo dos já escassos 114 cv do Kicks 1.6, os 25,9 kgfm de torque superam com muita margem os 15,5 kgfm gerados por nosso SUV, deixando o monovolume bastante esperto.
A grande novidade desse conjunto no Brasil é que ele será adaptado para aceitar tanto gasolina quanto etanol no tanque.
Mais do que potência e torque, o grande trunfo do sistema será permitir que o Kicks tenha consumo de até 35 km/l e consiga rodar incríveis 1.200 km sem precisar reabastecer.
Lembrando que, apesar de ser um dos SUVs compactos do mercado, o utilitário esportivo da Nissan possui um tanque de combustível pequeno, de apenas 41 litros, o que limita sua autonomia.
Esteticamente, chamam a atenção os faróis aparentemente mais finos e compridos, além da grade trapezoidal maior e com divisórias horizontalizadas.
Nas versões básicas, o Kicks nacional, cuja produção será mantida em Resende (RJ), deve manter o motor 1.6 quatro-cilindros naturalmente aspirado flex de 114 cv.
São boas as chances de a Nissan apresentar o novo Kicks híbrido no Salão do Automóvel de São Paulo 2020. A marca é uma das que seguem confirmadas no evento.