Na entrevista TSF/JN desta semana, António Comprido diz que Portugal, mais de que os restantes países europeus, não tem um poder de compra capaz de fazer crescer o mercado de carros elétricos.

O secretário-geral da APETRO cita um estudo, que diz que o cenário europeu mostra isso mesmo, mas no caso português a situação é ainda mais porque os rendimentos são mais baixos, e os carros, mesmo com apoios do estado, exigem um grande investimento das famílias.

António Comprido critica a opção do governo de querer intervir nas margens de comercialização da gasolina e do gasóleo, por ser a “fatia mais pequena” na composição do preço final.

Nesta entrevista, o dirigente associativo confirma que já pediu para ser ouvido pelo governo, e garante que não foi informado, do estudo que estava a ser realizado pela Entidade Nacional do Setor Energético, nem da intenção do governo de mudar as regras.

Sobre a fiscalidade, ainda acrescenta que a nova taxa europeia sobre emissões de carbono, vai ter um novo peso nos preços.

Estamos habituados a culpar a fiscalidade pelos preços elevados dos combustíveis, mas afinal o ganho médio na venda ao público subiu mais de 36% na gasolina, durante a pandemia, revelou a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE). É admissível este aumento das margens de comercialização num momento em que os salários encolheram quase 7%?



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