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Uma ressalva importante: diferentemente das listas de 22 SUVs, 13 hatches e sedans e seis picapes que devem aportar aqui em 2021, esta é formada quase que integralmente por modelos importados (a exceção é o Toyota Corolla Cross).
Por isso mesmo, os cronogramas estão mais suscetíveis a mudanças, especialmente em tempos de coronavírus e de dólar nas alturas. Veja o que deve vir por aí (lembrando que a lista está ordenada pelas marcas mais vendidos de janeiro a outubro de 2020, segundo a Fenabrave):
VW e-Up!
Conforme publicado em primeira mão por nossa reportagem, a VW planeja lançar no país em algum momento do ano que vem a versão 100% elétrica do Up!. O cronograma inicial previa sua chegada no primeiro trimestre, mas a reascensão do coronavírus na Europa, de onde o e-Up! viria importado, pode atrasar os planos.
O modelo deve ficar na faixa de R$ 150 mil, como o primeiro carro de passeio elétrico da marca no país. Sua bateria de 32,3 kWh promete autonomia de 260 km no ciclo WLTP, enquanto o motor elétrico rende meros 83 cv de potência, mas impressionantes 21,6 kgfm de torque.
Uma curiosidade é que o e-Up! é menor do que o Up! brasileiro, visto que este teve o balanço traseiro esticado para aumentar o espaço do porta-malas. Por outro lado, a tampa do bagageiro é de vidro.
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VW Tiguan Allspace eHybrid
Este é uma chegada mais certeira, e virá junto com a reestilização de meia-vida do SUV médio Tiguan Allspace. Seu lançamento está previsto para o final de 2021. O trem-de-força é o mesmo do novo Golf GTE europeu, infelizmente cada vez mais distante de nosso país.
Estamos falando do conhecido motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm aliado a outro elétrico de 115 cv, rendendo uma potência de 245 cv e um torque de 40,8 kgfm combinados. O modelo é híbrido com recarga externa e sua bateria tem autonomia de mais de 50 km no ciclo WLTP.
VW Touareg eHybrid
Este projeto ainda é mantido sob enorme sigilo, mas nossa reportagem entende que a empresa alemã também planeja relançar no país o suvão Touareg, que já ganhou uma nova geração em outros mercados. A configuração escolhida foi justamente a híbrida plug-in eHybrid.
Ela é recarregável na tomada, tal qual o Tiguan, e traz um V6 3.0 turbo a gasolina aliado a um motor elétrico que faz o conjunto render 380 cv na calibração mais mansa, sendo até 462 cv na esportiva R. Sua bateria tem 14,3 kWh de capacidade líquida e proporciona uma autonomia de 47 km em ciclo WLTP. A autonomia total passa de 700 km.
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Fiat 500 elétrico
Primeiro modelo 100% elétrico da Fiat no país, o novo 500e trará de volta o icônico subcompacto ao nosso mercado. Será um carro de nicho e, claro, de consolidação da imagem da marca. Talvez ressuscite, inclusive, o criativo sistema de três portas abandonado recentemente pela nossa Strada.
Seu motor rende 118 cv e faz o pequeno hatch ir de 0 a 100 km/h em menos de 10 s, de acordo com a fabricante. A bateria, de 42 kWh, rende uma autonomia estimada de 320 km no ciclo WLTP, com 80% da capacidade podendo ser recarregada em 30 minutos num carregador rápido. Seu preço deve ficar na faixa de R$ 150 mil.
Novo Renault Zoe
O compacto elétrico já é oferecido pela marca francesa no país, mas será renovado no visual, no acabamento interno e na motorização. O preço deve ficar entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.
Por fora, ganhará faróis maiores e para-choque mais recortado, com uma falsa tomada de ar inferior com efeito cascata nas divisórias. Por dentro, receberá quadro de instrumentos digital maior, nova central multimídia de 10 polegadas e alguns elementos bem familiares aos donos do novo Duster, como o volante e os comandos do ar-condicionado.
Já o motor passará de 92 para 135 cv de potência, e de 22,4 para 25 kgfm. Ao mesmo tempo, seu conjunto de baterias terá a capacidade incrementada de 41 para 52 kWh, gerando um aumento de 300 para 390 km na autonomia, segundo o ciclo WLTP. E o modelo, finalmente ficará compatível para recargas em carregadores rápidos de 50 kW.
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Ford Escape híbrido
Será lançado em meados do ano que vem para ocupar a lacuna deixada pelo Fusion Hybrid, numa faixa de preços acima de R$ 200 mil. Traz um motor 2.5 de ciclo Atkinson em conjunto com outro elétrico, entregando uma potência combinada de 203 cv, sendo 21,4 kgfm. Seu porte é similar ao do Territory.
Toyota Corolla Cross Altis Hybrid
Assim como o Corolla sedan, o Toyota Corolla Cross usa a plataforma TNGA-C e será comercializado com dois tipos de motorização: 2.0 flex com injeção variável de 177 cv (câmbio direct CVT com simulação de dez marchas) e 1.8 híbrido flex de 123 cv (caixa e-CVT).
Esta última deve ser oferecida na versão de topo, Altis, com etiqueta acima de R$ 150 mil. A produção será em Sorocaba (SP), o que significa que o Corolla Cross será o único produto de toda esta lista feito nacionalmente. Seu sistema híbrido não permite recarga externa, usando a energia do próprio motor a combustão e das frenagens para recarregar a bateria elétrica.
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Jeep Renegade e Compass 4xe
Também chegarão no ano que vem as tão aguardadas configurações híbridas de Compass e Renegade, que recebem a nomenclatura 4xe (em alusão à tração 4×4, porém com auxílio de um propulsor elétrico).
Porém, diferentemente dos SUVs com motorização térmica, produzidos em solo nacional, os dois híbridos virão importados da Europa, com motor 1.3 turbo a gasolina de 130 ou 180 cv auxiliado por outro elétrico de 60 cv, gerando uma potência combinada de 190 a 240 cv.
Ambos são híbridos do tipo plug-in, ou seja, com recarga externa para a bateria elétrica. Esta possui 11,4 kWh de capacidade, o que permite que os dois SUVs rodem até 50 km em modo 100% elétrico. Preços devem ficar perto de R$ 170 mil (Renegade) e R$ 200 mil (Compass).
Novo Honda Accord Hybrid
Virá importado dos Estados Unidos como o primeiro carro híbrido da Honda no país, já com uma reestilização visual em relação ao sedan grande oferecido atualmente. Seu sistema híbrido se chama i-MMD (sigla em inglês para “condução inteligente multimodo”) e tem um funcionamento bem peculiar.
O modelo conta com um motor 2.0 quatro-cilindros aspirado de ciclo Atkinson auxiliado por outro elétrico. Mas não existe atuação combinada entre eles. Nas arrancadas e retomadas, é sempre o propulsor elétrico que atua, sendo alimentado pelo motor a combustão (via gerador) ou pela eletricidade armazenada na bateria. Nesse momento, o veículo opera com 184 cv de potência e 32,1 kgfm de torque.
É só a velocidades de cruzeiro que o 2-litros a combustão passa a tracionar as rodas, através do acoplamento momentâneo a uma embreagem multidisco com relação única de marchas. Ou seja: não há caixa de câmbio! Nesse momento, o 2.0 entrega 145 cv (a 6.200 rpm) e 17,8 kgfm (a 3.500 giros).
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Nissan Kicks e-Power
A reestilização de meia-vida do Nissan Kicks será lançada no Brasil já no primeiro trimestre de 2021, mantendo o motor 1.6 flex de 114 cv nas versões básicas. Mas o grande destaque do SUV renovado deve ficar para o fim do ano (com chances de só chegar em 2022).
Estamos falando da estreia do sistema híbrido flex e-Power. Ele usará um motor 1.2 a combustão como gerador para alimentar uma pequena bateria de 1,5 kW. Esta, por sua vez, enviará energia um propulsor elétrico posicionado no eixo dianteiro, gerando cerca de 112 cv de potência e torque perto de 26 kgfm.
Novo Peugeot 208 e-GT
Em vez do motor 1.2 turbo, a Peugeot apostará em uma derivação 100% elétrica como versão de topo do novo 208. Ela já foi apresentada e virá importada da Europa, mas seu lançamento efetivo, com divulgação de preço, ocorrerá no princípio do ano que vem.
Chamada e-GT, a configuração é dotada de uma bateria de 50 kWh, que rende 136 cv e 26,5 kgfm, prometendo ir de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos, além de autonomia na faixa de 340 km (ciclo WLTP). E traz elementos ausentes na nova geração do hatch sul-americano.
Por fora, é estilizado com molduras em preto brilhante nas caixas de roda, grade tipo cascata com pontos amarelos, pintura amarela e rodas exclusivas. Por dentro, traz painel com o topo suave ao toque, console central elevado, freio de estacionamento elétrico e central multimídia de 10 polegadas. Mas prepare-se, porque o pacote não deve sair por muito menos de R$ 200 mil.
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Mercedes-Benz Classe S híbrido
Depois de estrear no mercado de elétricos com o SUV EQC, neste ano, a Mercedes-Benz apostará em 2021 na nova geração do sedan de luxo Classe S. Ela incluirá uma versão híbrida com recarga externa capaz de rodar até 100 km em modo puramente elétrico, segundo o ciclo WLTP.
Demais detalhes da limusine híbrida ainda não foram revelados, mas sabe-se que seu propulsor a combustão será um seis-cilindros em linha, e que chegará à Europa até o fim deste ano, desbravando outros territórios (inclusive o Brasil) ao longo de 2021.
Audi e-tron GT
A Audi tem apostado forte nos veículos 100% elétrico em vez de promover uma transição através dos híbridos. Depois de apresentar o SUV e-tron e o SUV cupê e-tron Sportback em 2020, trará ao Brasil no próximo ano o sedan cupê e-tron GT.
O modelo traz dois motores elétricos, um postado sobre cada eixo, que juntos rendem 590 cv de potência e permitem uma aceleração de 0 a 100 km/h em 3,5 s. Já os módulos de bateria proporcionam uma autonomia de até 400 km no ciclo WLTP.
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Volvo XC40 Recharge
Primeiro veículo 100% elétrico produzido e vendido pela marca sueca no mundo, o XC40 Recharge já está com passaporte carimbado para entrar no Brasil no primeiro semestre do ano que vem.
Seu conjunto de baterias tem 78 kWh de capacidade bruta e alimenta dois motores elétricos, um de 150 kW sobre cada eixo. A potência é de 408 cv, sendo 67,3 kgfm de torque. Já a autonomia supera os 400 km no ciclo WLTP. Segundo a fabricante, 80% da recarga pode ser feita em 40 minutos num carregador rápido de até 150 kW.
Volvo XC20/XC30
Este ainda nem foi apresentado globalmente, mas já tem o mercado brasileiro no radar. Pouco se sabe sobre o porte, o visual, o desempenho ou até mesmo o nome deste crossover elétrico que a fabricante sueca lançará em 2021, posicionado logo abaixo do XC40. A aposta é que ele se chamará XC20 ou XC30.
O que podemos afirmar é que será totalmente elétrico e usará a mesma matriz do XC40 Recharge, conhecida como CMA. Com isso, deve oferecer uma motorização e um conjunto de baterias com capacidades similares às do irmão mais velho.
Land Rover Discovery híbrido leve
A Land Rover já apresentou na Europa e nos Estados Unidos um discreto facelift de meia-vida para a atual geração do suvão Discovery. Uma das novidades, pelo menos no Velho Continente, é a chegada de um motor 3.0 seis-cilindros em linha com tecnologia híbrida leve.
Trata-se de um pequeno sistema elétrico de 48V que atua recuperando a energia dissipada nas desacelerações para otimizar as arrancadas e retomadas do veículo, reduzindo o consumo de combustível e melhorando a eficiência energética.
Tal tecnologia está disponível tanto para o motor a gasolina de 360 cv quanto para aquele movido a diesel, em calibrações de 249 e 300 cv. Ambos pertencem à família Ingenium e virão ao Brasil ao longo do próximo ano.
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Novo Porsche Panamera 4S e-Hybrid
A Porsche já abriu uma janela de reservas pelo Panamera e-Hybrid renovado, por módicos R$ 650 mil. O sedan cupê esportivo deve efetivamente ganhar nossas no primeiro trimestre de 2021, mas quem deixar para comprar lá certamente terá de pagar mais caro por ele.
Com mudanças visuais sutis, o novo Panamera híbrido agora traz uma motorização que inclui um V6 2.9 biturbo de 440 cv aliado e um propulsor elétrico de 136 cv. São 560 cv e insanos 76,5 kgfm combinados. Toda essa força é domada pelo consagrado câmbio PDK (dupla embreagem) de oito marchas.
Já a bateria elétrica terá a capacidade bruta expandida de 14,1 para 17,9 kWh, com possibilidade de recarga externa. A autonomia em modo 100% elétrico é de 54 km, de acordo com a marca.
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Ram 1500 V8 mild Hybrid
Já contamos que a FCA deve finalmente, após dois anos de muita especulação, lançar a picape grande Ram 1500 no Brasil no primeiro semestre de 2021, com preços orbitando a casa de R$ 300 mil. A grandalhona deve chegar com motor V6 turbodiesel e V8 a gasolina.
O V8 é o consagrado Hemi usado pelas versões mais envenenadas do Dodge Challenger. Na nova Ram 1500, ele rende 400 cv e 56,7 kgfm, sendo auxiliado por um sistema híbrido leve de 48V e 16 cv, com funcionamento muito parecido àquele do Land Rover Discovery.
Mini elétrico
A estratégia de sobrevivência do icônico Mini, um ex-subcompacto que virou hatch compacto, chegou a ganhar quatro portas e vem sendo sobrepujado pelo tsunami de SUVs nos últimos anos, foi se transformar em um carro elétrico de cunho urbano.
Seu motor é simples e traciona apenas as rodas dianteiras, mas rende 184 cv e 27,5 kgfm. Com as baterias posicionadas no assoalho, a BMW (proprietária da marca inglesa) promete que a sensação de pilotar um kart seguirá presente. A autonomia é de 270 km no ciclo WLTP.
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