O principal motivo é o custo de recarga menor na comparação com modelos movidos a combustão

Cerca de 58% dos brasileiros que pretendem comprar um carro querem modelos elétricos ou híbridos. O perfil desse público é composto, em sua maioria (57%), de mulheres de maior renda e escolaridade que estão no mercado de trabalho.

A conclusão é da Pesquisa Quantitativa de Intenção de Compra de Carros Elétricos/Híbridos, da Tupinambá Energia, startup que administra pontos de abastecimento de carros elétricos, e foi divulgada em setembro. O levantamento coletou dados de pessoas que declararam ter vontade de trocar de veículo nos próximos 3 anos.

O estudo, que contou com 1.680 entrevistas em cidades de todas as regiões do país, aponta que a Região Centro-Oeste, com 66%, é onde há a maior intenção de compra de elétricos ou híbridos. Se forem levados em consideração somente os carros elétricos, a maior intenção de compra está na Região Sul (48%).

O interesse por elétricos

Os motoristas que vão comprar um carro nos próximos anos e dão preferência a elétricos ou híbridos elencam as seguintes razões pela opção:

  • custos de recarga menores na comparação com modelos movidos a combustão (72%);
  • sustentabilidade (44%);
  • praticidade (27%);
  • tecnologia (12%);
  • custo-benefício (9%);
  • conforto (9%).

Em compensação, quem diz que não tem intenção de comprar os carros movidos a eletricidade elenca como principal impeditivo o preço alto (50%).

Assunto de ricos?

O diretor de marketing (CMO) da startup que desenvolveu a pesquisa, Gustavo Gontijo, nega, porém, que o tema “carros elétricos” seja exclusivo para pessoas mais endinheiradas, argumentando que o próprio levantamento demonstra aceitação da classe C por esses produtos. A pesquisa mostra que, entre os entrevistados da classe C1, a intenção de compras é de 29%, enquanto na classe B2 chega a 36%.

Contrariando o que se poderia imaginar, as classes mais abastadas, A e B1, têm menor interesse do que as outras, com 20% e 15%, respectivamente, de acordo com a pesquisa.

“Quando olhamos o custo de propriedade, que considera o uso, vemos que escolher um carro elétrico compensa no curto e médio prazos, já que os custos de recarga e manutenção são bem inferiores quando comparados aos carros a combustão, ou seja, carros elétricos ainda não são populares, mas o tema está longe de ser elitista”, concluiu Gontijo.



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