Mais de 2.000 componentes harmoniosamente orquestrados compõem um automóvel, que além de permitir mobilidade também é, para muitos, símbolo de independência e até de status. Produzidos há mais de 100 anos no mundo todo, os veículos estão cada vez mais modernos, mas com os dias contados da forma como são vendidos atualmente: no lugar do motor a combustão, entra o elétrico. O número de peças cai drasticamente, para algo em torno de 200. O veículo do futuro trará ganhos significativos para o meio ambiente e para seus proprietários, que terão menos custos com manutenção. Do lado da indústria, porém, os desafios são enormes.

As montadoras estão revisando suas estratégias para conseguir viabilizar o carro elétrico com escala e custo acessível e, nessa dinâmica, as mudanças já começam a afetar as operações das empresas ao redor do mundo. 

O caso mais recente no Brasil aconteceu com a Ford, que decidiu fechar todas as suas fábricas no país — quatro no total. A companhia americana informou que a medida visa “a criação de um negócio saudável e sustentável”. Com a decisão, crescem as incertezas acerca do futuro da indústria automobilística no país, que hoje amarga quase 50% de ociosidade. “Toda a cadeia automotiva vai se transformar e teremos de retreinar todos os funcionários. Temos 20 anos para promover essas mudanças, mas precisamos começar já”, afirma Pablo Di Si,­ presidente da Volkswagen Brasil e América Latina. 

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