Você provavelmente não vai ter um carro que mescle motor a combustão e uma alternativa elétrica sob um mesmo capô. Está é nossa previsão do dia – nos desculpe, Prius. Talvez nossa bola de cristal esteja equivocada? Talvez não? Mas novos sinais da indústria automotiva sugerem: a fase dos híbridos pode ser bem passageira.
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GM e Volks anunciaram que não vão mais produzir modelos elétricos e à gasolina. Em seu lugar, ambas as montadoras vão investir recursos na fabricação de automóveis 100% movidos à eletricidade (os EVs). Segundo o Wall Street Journal, o planejamento da General Motors inclui o lançamento de 20 veículos elétricos – incluindo Chevys e Cadillacs. A Volswagen também está investindo bilhões em solução elétricas – incluindo uma nova Kombi, que deve chegar em 2022 e uma rede de pontos de recarga distribuidos pela Europa.
Há uns 20 anos, fabrincantes lançam modelos híbridos no mercado como uma forma de responderem a demandas por medidas eco-friendly e oferecer soluções mais verdes em suas concessionárias – ao menos enquanto os EVs não ganham fôlego.
Por outro lado, Ford e Toyota vão continuar investindo em híbridos conforme reforçam sua frota de EVs. As fabricantes seguem na mesma toada da BMW, que comemora boa performance do Série 5 na China e recentemente anunciou o i8 no Brasil (ambos movidos tanto a eletricidade quanto à gasolina). A nova fábrica da alemã na Hungria – alvo de um investimento de 1 bilhão em inovação – deverá se dividir na produção de soluções elétricase também híbridas.
Outro contraponto? Inovação pode custar caro. Apuração do WSJ aponta que a instalação de motores híbridos adiciona em média 2 mil dólares sobre o custo de fabricação de um automóvel. No caso de elétricos, o valor sobe para 6 ou 10 mil dólares.
O custo de uma tecnologia tende a diminuir conforme a adoção do público aumenta e técnicas mais eficientes surgem. Mas é algo que depende em parte de um fenômeno recente chamado range anxiety (é, é um link para um verbete da Wikipedia, amigos). O ‘temor da autonomia’ é o desconforto de motoristas sobre a duração da bateria de seus carros – e se ela vai deixá-los à deriva na estrada sem uma mera tomada a vista. É um sentimento que se relaciona com outro porém: a falta de infraestrutura, como pontos de recarga em estradas.
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