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Valesca relembra infância com violência doméstica e superação: “Fui seguir minha vida”

Por Felipe Abílio Um dos principais nomes do funk brasileiro, Valesca Popozuda é inspiração para muitas mulheres. Sempre levando a mensagem de empoderamento e levantando a autoestima feminina, a cantora não tem medo de falar o que pensa e quebrar tabus. No entanto, quem vê Valesca sempre muito articulada em frente às câmeras, não imagina que o aprendizado veio por conta das experiências vividas. Convidada do Yahoo Entrevista desta semana, Valesca abriu o coração sobre a violência doméstica que sofreu no passado. “A Valesca lá de trás, do Irajá, era uma criança que via muitas coisas acontecendo dentro de casa, minha mãe passando por muito sofrimento. Sempre botei na minha cabeça que eu ia ajudar minha mãe, só que não aguentava ver muita coisa que ela passava, o sofrimento dela, e saí de casa com 14 anos”, relembra. “Cresci com essa violência doméstica dentro de casa.” Leia também “Estamos cheios de vícios que não conseguimos deixar”, diz Fraga em volta às novelas Produtor de Marília Mendonça quer tocar projeto As Patroas para ‘ela ter orgulho’ Ana Paula Renault expõe bastidores de “A Fazenda”: “Racismo nível cadeia e ameaça de morte” Já morando fora de casa no início da adolescência, Valesca amadureceu rápido para conseguir se manter e prover a própria existência. Casada muito jovem, ela relembra que a história de violência que sua mãe vivia, começou a se repetir na sua casa. “Do nada, eu estava passando pela mesma coisa que minha mãe. Um dia, tive uma briga muito feia, levei um empurrão dessa pessoa e caí, bati com a minha orelha, rasguei, levei pontos, fui pro hospital, menti! Não queria falar naquela época. Ainda mais que estava começando uma carreira, fui ameaçada.” Valesca conta que precisou se alinhar para entender o que realmente estava acontecendo e se livrar daquela situação. Baixe o app do Yahoo Mail em menos de 1 min e receba todos os seus e-mails em 1 só lugar Assine agora a newsletter Yahoo em 3 Minutos “Parei e falei: ‘não preciso disso’. Sempre fui independente, corri atrás e eu estou passando pela mesma coisa que a minha mãe? E ela também me deu essa luz. Foi quando enfiei o pé pela porta e falei: tchau. Foi a primeira e última vez que aquilo aconteceu porque eu não queria mais. Fui seguir minha vida. Essa força que eu não sei da onde eu tirei.” Aos 43 anos, a cantora avalia que passar por essas situações a empoderou como mulher. No entanto, ela conta que ainda carrega alguns traumas por conta do passado. “Ainda é difícil para eu me relacionar hoje. Corro muito de relacionamento. Acho que eu fico com essa coisa de que vai acontecer. Os meus últimos namoros não tive nada, acho que me tornei uma mulher tão forte, tão decidida de mim que eu até boto medo neles.” Mãe de Pablo, de 22 anos, ela conta que sempre compartilhou as experiências que passou com o filho para que ele crescesse com outra perspectiva em relação às mulheres. “Sempre disse pra ele que prestasse atenção, parasse pra pensar antes de tratar mal uma mulher, que mulher tem que tratar com carinho. Sempre aconselhei. Nunca fui chamada no colégio[por nenhum motivo]. É muito bom quando a gente chega nos lugares e as pessoas falam: ‘como seu filho é incrível, passa uma energia tão boa’. Eu fico muito feliz em ouvir isso”, orgulha-se.

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