A empresa americana Rivian aumentou os preços dos seus veículos elétricos de 17 a 20% a partir de 1 de março, embora mais tarde tenha sido forçada a cancelar esse aumento para quem já havia encomendado, mas ainda não havia pago os carros esperados. Entre os investidores privados, já houve insatisfação com as ações da administração da Rivian, e agora ele terá que responder na Justiça por fornecer informações incompletas sobre o negócio na época em que as ações foram abertas.
O acionista Charles Larry Crews afirma que as flutuações de preços da Rivian em março prejudicaram a confiança dos investidores, fazendo com que as ações da empresa caíssem para US$ 42,43, após serem listadas em novembro a US$ 78 por ação. O autor comprou 35 ações da Rivian no primeiro dia por US$ 112,83 cada. Ele agora teme que muitas das 55.400 pré-encomendas de veículos elétricos da Rivian acabem desistindo de seus planos. Além disso, um golpe na reputação da empresa não permitirá que o preço de suas ações volte a níveis atraentes – em novembro, a Rivian conseguiu levantar US$ 12 bilhões no mercado de ações.
A ação, movida no Tribunal Distrital de São Francisco, pede a acusação não apenas do fundador da Rivian, RJ Scaringe, mas também de consultores envolvidos na preparação para o IPO do Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Morgan Stanley. Segundo os advogados do demandante, a lei americana prevê séria responsabilidade por fornecer informações incompletas sobre os negócios do emissor ao entrar na bolsa de valores. Neste caso, o investidor de varejo está convencido de que a administração da Rivian escondeu dos assinantes sua incapacidade de produzir veículos elétricos em massa a preços atraentes anunciados. Refira-se que em 2021 a empresa conseguiu embarcar quase mil veículos elétricos, mas desde março viu-se obrigada a aumentar os preços devido ao aumento dos custos com materiais, logística e compra de componentes semicondutores.