Lançado em novembro no Brasil, o VW Golf GTE ainda pode ser encontrado, pelo menos em São Paulo, segundo apurou a reportagem de iG Carros. Entramos em contato com uma concessionária da capital pauista que nos informou que ainda restavam muito poucas unidades à venda e que, por conta das mudanças ocasionadas pela pandemia, quem comprar o carro agora deverá recebê-lo em um prazo aproximado de 30 dias.
LEIA MAIS: Volkswagen confirma seis modelos híbridos ou elétricos no Brasil até 2023
Entretanto, o VW Golf GTE
não está mais no configurador do site da Volkswagen. Apenas quem entrar na seção que mostra o carro em si tem como enviar uma proposta de compra, mediante sinal de R$ 5 mil. O carro tem preço sugerido de R$ 199.990 e é a única versão que sobrou do hatch médio no Brasil, onde ainda não existe previsão de chegada da nova geração já lançada na Europa
.
O mais provável é que a Volkswagen decida trazer pelo menos a nova geração do Golf GTE, como modelo de nicho, uma vez que os hatches médios
estão em extinção no Brasil. Conforme o relatório mais recente da Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos), o segmento representa apenas 0,3% das vendas no acumulado dos primeiros três meses de 2020.
No caso do VW Golf GTE da sétima geração, a marca diz que o carro tem 900 km de autonomia e pode acelerar de 0 a 100 km/h em 7,4 segundos. Ao rodar apenas no modo elétrico, a autonomia é de 50 km. Mas utilizando o motor a combustão alternadamente o carro pode chegar a rodar 900 km, com consumo de até 66 km/l pisando de leve no acelerador e usando a eletricidade na maior parte do tempo, de acordo com números da fabricante. Em média, o consumo fica nos 22 km/l. Entre os modelos médio no Brasil, o Golf GTE é rival do Toyota Corolla Hybrid
.
LEIA MAIS: Como o VW Golf foi de objeto de desejo a segundo plano do catálogo?
A questão da eletrificação tem se tornado, inclusive, uma questão de imagem para as fabricantes hoje em dia. Se não trouxer o novo Golf GTE, pelo menos o Passat GTE
(também híbrido) deverá chegar ao Brasil. A chegada do sedã é dada como certa. Com a pandemia, os planos vão atrasar um pouco, mas o modelo deverá chegar reestilizado e com alto grau de sofisticação, como semi-autônomo.
Sem novo hatch médio híbrido (embora já tenha sido registrado no INPI), seria o fim da história do Golf no Brasil, onde o carro tem uma legião de fãs e cujo primeiro capítulo começou em meados dos anos 90, quando começou a ser importado nas versões GL 1.0, GLX 2.0 e GTI 2.0.
LEIA MAIS: VW Golf aparece em registro de patente no Brasil
Apenas em 1999 é que começou a produção nacional do VW Golf
, em São José dos Pinhais (PR), até 2013. No ano seguinte, a sétima geração começou a ser trazida da Alemanha. Em 2016 voltou a ser feito no Brasil, mas apenas até outubro do ano passado. A última versão a sair da linha de montagem no Brasil foi a esportiva GTI.