O motor da Europa foi religado, mas ainda é preciso engatar a primeira marcha para mover-se novamente. Já acionando a embreagem econômica, o governo alemão quer que as vendas retomem o patamar anterior e, para isso, deve liberar mais dinheiro para o setor.
Com queda de 60% nas vendas, a Alemanha tem milhares de carros em estoques nas concessionárias, um volume bem maior do que em outros países, visto que os compradores locais preferem (em sua maioria) levar os veículos que estão no estoque.
Por conta disso, espera-se que os revendedores tenham combustível suficiente para a retomada das vendas, porém, o impacto econômico nos compradores é algo que ainda preocupa. Além disso, as montadoras já reiniciaram a produção e pressionam os concessionários para manter as compras.
Assim, com muitos carros parados no pátio e outros chegando, o mercado enxerga que os distribuidores terão de dar enormes descontos para desovar os estoques, inclusive com alguns vislumbrando cortes de até 50% em relação ao preço de tabela!
Os descontos são apenas uma parte do combustível que está no tanque, pois o governo de Berlim articula um plano emergencial para mover de vez o mercado. Nesse caso, comenta-se que o texto prevê um bônus de € 4.000 para carros elétricos e híbridos plug-in.
Até aí, sem novidades, pois é esperado que os carros com baixa ou nula emissão de CO2, sejam beneficiados na retomada dos incentivos fiscais. Contudo, a Alemanha não esqueceu de seus fabricantes tradicionais e estaria propondo bônus de € 3.000 para os carros comuns a gasolina, diesel ou híbrido comum.
Ainda assim, o governo de Ângela Merkel quer que as montadoras também se mexam e contribuam com metade desse incentivo fiscal, ou seja, deixando € 1.500 para o governo. Por ora, o decreto alemão ainda não está definitivamente fechado ou aprovado, mas isso não deve demorar muito.
[Fonte: Automobil Woche]