Antes da fama, Beto Jamaica e Compadre Washington, vocalistas do grupo É o Tchan, curtiam o carnaval de Salvador atrás do trio elétrico. Como foliões anônimos, era no meio da “muvuca” que eles se divertiam e aproveitavam a festa momesca.
Antes da fama, Beto Jamaica e Compadre Washington curtiam o carnaval de Salvador atrás do trio elétrico — Foto: g1
Foi nos blocos de bairro na Liberdade, na capital baiana, que Beto Jamaica começou a curtir a folia ainda na infância.
“Eu comecei tocando percussão nos ‘blocos de índio’ (sic), como o ‘Pena Branca’. Minha trajetória como musicista, cantor e compositor veio daí”, disse.
“Também tinha um bloco chamado ‘Os Magnatas e os Barrabás’, que era onde eu ia atrás como folião, eu menininho (sic), pequenininho (sic), vestia uma mortalha e ia curtir. Antes de tudo acontecer em minha vida eu ia atrás desses blocos assim que fizeram parte da minha infância”, relembrou Beto Jamaica.
Compadre Washington também costumava curtir o carnaval atrás do trio elétrico antes da fama e citou alguns blocos que já saiu como, por exemplo, “Mercadores de Bagdá”, “Filho do Sol, Filho do Mar”, “Come Lixo” e “A Noite é Nossa”.
“Eu saía em vários blocos das antigas, curtindo a vida… Atrás do trio elétrico, só não vai quem já morreu”, brinca.
Apesar de gostar de sentir o calor humano, Beto Jamaica relembra do empurra-empurra no meio da multidão e a solução para escapar. “Mete o cotovelo e vai abrindo o caminho”, brincou.
Beto Jamaica e Compadre Washington relembram momentos inusitados com fãs em Salvador
Já após a fama, eles relembram momentos inusitados que passaram com os fãs. Segundo Compadre Washington, ele “salvou” uma fã dos foliões do bloco “As Muquiranas”.
“Tem uma menina que eu conheci, que hoje ela mora nos Estados Unidos, e ela vinha para curtir o nosso bloco. Só que ela passou pelo bloco das Muquiranas (sic). Ela veio toda bonitinha (sic), maquiada e com cabelo arrumado, e os caras com aquela brincadeira de jogar água”.
“Aí eu peguei ela, tirei do meio do povão (sic), botei no camarim, onde tinham as dançarinas, e ela pôde fazer a maquiagem, o cabelo e tudo mais. Essa aí eu salvei, não é?”, questiona em tom de brincadeira.
É o Tchan durante percusso no segundo dia de carnaval em Salvador, em 2020 — Foto: Elias Dantas/Ag. Haack
Enquanto isso, Beto Jamaica relembra da vez em que chamou dois fãs para cantar em cima do “capô do carro”.
“Tem uma dupla dos cantores, que uma vez eu cantando no carnaval, passando ali na Avenida, e eles estavam na sacada, pequenininhos (sic). O menino com a guitarra e a menina com microfone. O pessoal estava gritando para eles, aí eu pedi pra eles descerem e fomos para cima do capô do carro. Eles roubaram a cena… Já eram conhecidos, não sei porquê, mas foi muito inusitado para mim aquele momento”, comentou.
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