Bem antes de se lançar no mercado de carros híbridos flex, a Volkswagen já inicia a campanha em prol do etanol, já que essa é a aposta do fabricante alemão para o Brasil nos próximos anos.
Para isso, lançou um programa envolvendo cinco empresas, sendo elas Bosch; Localiza; Raízen, licenciada da marca Shell; Volkswagen Financial Services e LM; União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
Chamado Programa Abasteça Consciente, a iniciativa da VW é promover o consumo do combustível vegetal em seus carros, sendo essa uma parte do projeto liderado por Plablo Di Si, presidente da VW na região, em prol do uso do etanol como opção nacional para reduzir as emissões.
Pablo Di Si, comenta: “A nossa estratégia consiste no lançamento de carros flex, híbridos e elétricos nos próximos anos na região América Latina. Mas é importante considerar que o Brasil é praticamente um continente devido à sua extensão. Não conseguiremos eletrificar todo o País num curto espaço de tempo em função de seu tamanho, seria preciso muito investimento em infraestrutura”.
Di Si continua: “O etanol é a solução complementar para fontes de energia renováveis tanto para veículos a combustão convencionais (ICEs) através do incentivo à escolha de combustíveis sustentáveis, como os biocombustíveis, pelos consumidores, quanto para híbridos e elétricos, seja via reformadores (Fuel Cell) ou range extender (BEV Rex)”.
O head da VW aponta então o caminho gradual da marca no mercado com estas tecnologias, onde o carro flex é o produto vigente, porém, a montadora já testa a hibridização leve com sistema MHEV de 48V.
Na linha de evolução, este será o primeiro passo da empresa na eletrificação, porém, a VW não irá para um híbrido flex comum, como o Toyota Corolla ou, no passado, o Jetta Hybrid nos EUA, o único do tipo feito pela marca.
O passo seguinte também deve excluir o plug-in, uma tecnologia que é tão cara quanto o carro elétrico, pois, concentra dois propulsores com bateria robusta.
Pelo que Di Si comenta, a ideia adiante é partir para células de combustível com etanol e elétricos com extensão de alcance, coisas que a VW não tem agora nem ao nível global.
O último pode acabar chegando antes, pois, é mais fácil de fazer, com o uso de um pequeno propulsor movido por etanol (provavelmente não flex para forçar o uso do combustível).
Observando a baixa eficiência do consumo, o executivo explica: “Lembrando ainda que há possibilidade em reduzir a intensidade de carbono do etanol com processos de produção mais tecnológicos, como por exemplo o etanol de 2º geração”.
Na multimídia VW Play, o novo app Abasteça Consciente faz cálculos de consumo e custo com etanol, bem como medidor de CO2 (Bosch), pagamento digital em postos (Shell) e incentivo ao uso do etanol em frotas (Localiza).