Após um crescimento relativamente rápido desde o fim de 2015, a Rappi começa a enfrentar problemas sérios. De acordo com fontes internas, a companhia começou a fazer demissões para reduzir o tamanho da equipe e agora enfrenta, também, um processo nos Estados Unidos, sob a acusação de roubar segredos comerciais.
Segundo informações da imprensa internacional, a companhia vai enfrentar um processo na justiça federal de São Francisco. Três empresários colombianos alegam ser os verdadeiros criadores da Rappi, e que o cofundador da empresa, Simon Borrero, roubou a ideia deles.
A acusação diz que, em 2015, Borrero foi contratado, junto à empresa de software Imaginamos, para ajudar os empresários a desenvolverem um aplicativo de entregas chamado Kuiky. Em vez de cumprir o contrato, o atual presidente da Rappi teria lançado sua própria plataforma no final daquele ano.
Em um comunicado, a empresa se defende e classifica a acusação de “objetivamente incorreta”. Sem maiores detalhes, a Rappi explica que comprou o domínio na internet e registrou a marca junto às autoridades colombianas em meados de 2014.
A Rappi cresceu rapidamente e hoje tem representação em diversos países da América Latina, oferecendo não apenas serviços de entrega de comida, mas também de praticamente qualquer tipo de produto. Atualmente, ela oferece até mesmo serviços financeiros. No Brasil, a companhia é forte concorrente do iFood, principalmente.
Em maio do ano passado, a empresa recebeu um investimento de US$ 1,2 bilhão do Vision Fund, pertencente ao Softbank. A empresa é atualmente avaliada em cerca de US$ 3,5 bilhões.
Cortes e reestruturação
Como noticiado na última semana, a empresa, sediada em Bogotá, pretende diminuir em 6% a força de trabalho atual, com foco em reduzir principalmente a equipe de tecnologia. O impacto no Brasil seria de 150 demissões.
Em nota, a empresa diz que “em 2020, a Rappi decidiu investir no seu time de tecnologia e na experiência do usuário. Com o objetivo de alcançar sua visão, a empresa optou por reduzir algumas áreas e ampliar outras”. Ainda de acordo com o comunicado, a intenção é manter a estratégia que vinha implementando. “Essa decisão não afeta nossos planos de crescimento, inclusive estamos contratando um grande número de funcionários para as áreas foco da Rappi para 2020”, acrescenta.
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