Depois de a Ford apresentar o Territory ao mercado brasileiro, resta aguardar a possível chegada do Escape por aqui para complementar a crescente gama de SUVs da marca. Dentro de sua estratégia de expansão, este novo utilitário esportivo deverá chegar apenas em configuração híbrida para brigar de frente com o Toyota RAV4 na sua geração mais recente. 

Tal posicionamento também foi visto na Argentina, onde o Ford Escape, lá chamado de Kuga, é vendido desde junho apenas com o conjunto motriz eletrificado. Os colegas do Argentina Autoblog tiveram a oportunidade de andar nessa novidade na versão SE, a única oferecida por lá nesse momento. Em tal configuração, o modelo argentino custa US$ 48.400 (cerca de R$ 261,1 mil), preço idêntico à versão de entrada do Toyota RAV4 Hybrid no país vizinho. 

Na opinião dos argentinos, o visual do Escape agrada pela suavidade das linhas. Foi lembrado que a função de SUV robusto e com linhas fortes da Ford caberá aos modelos da família Bronco. Assim, o SUV menor teve a carroceria suavizada para reforçar a vocação urbana, uma vez que é oferecido apenas com tração dianteira.

Sobre a cabine, foi descrita como “um SUV apenas porque essa carroceria é a moda do momento”. Todos os recursos de ergonomia e de praticidade são praticamente os mesmos oferecidos no finado Focus, com a pequena vantagem da posição mais elevada para guiar. O modelo testado fornecia bom espaço no banco traseiro, com a possibilidade de ajustá-los para frente e para trás.

No entanto, o acabamento deixou um pouco a desejar. Considerado um carro caro também na Argentina, o Escape SE trazia bancos revestidos de tecido e não tinha teto-solar. No entanto, foi observado que o foco da Ford ficou na tecnologia, mesclando o painel de instrumentos digital de 12,3” com a central multimídia de 8”. Ficou a crítica, porém, para a ausência de conta-giros.

O foco em tecnologia também pode ser visto na lista de equipamentos de segurança que vêm de série no Ford Escape argentino. Lá, o modelo já sai da loja com seis airbags, controle de estabilidade, câmera de ré, alerta de tráfego cruzado, frenagem autônoma de emergência, alerta de colisão frontal, assistente de manutenção de faixa e faróis adaptativos. A ausência de sensores de estacionamento na versão de entrada foi criticada.

O conjunto mecânico é formado por um motor 2.5 aspirado de ciclo Atkinson, mais eficiente. Ele trabalha em conjunto a um propulsor elétrico. Trabalhando em conjunto, entregam até 203 cv de potência, mas o torque não é divulgado. Isoladamente, o motor a combustão tem 21,4 kgfm, enquanto o elétrico fornece 23,9 kgfm. O câmbio é sempre automático de relações continuamente variáveis (CVT). Na opinião de quem andou, o conjunto está bem acertado e é silencioso, ao passo que tem uma entrega de força em baixas rotações muito boa por conta do sistema eletrificado.

Dinamicamente, os argentinos voltaram a comparar o Escape ao Focus. Como, na Europa, a dupla compartilha a plataforma C2 da Ford, seu comportamento atrás do volante é similar. O SUV consegue entregar conforto e boas respostas em curvas. Foi apontado, porém, que a distância em relação ao solo de 190 mm é pouca para encarar as estradas de cascalho, muito comuns na Argentina.



LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here