O Brasil parece estar próximo de ver o primeiro automóvel totalmente elétrico com fabricação em larga escala no país nos próximos anos. E não será um modelo da Volkswagen, da Fiat ou da Chevrolet. Ele será de uma ainda desconhecida marca argentina.
O grupo ArqBravo Group, registrado no Brasil como Bravo Motor Company, e o governo de Minas Gerais assinaram um protocolo de intenções, na última sexta-feira (5), para a construção de um complexo para produção de veículos elétricos e de baterias na região metropolitana de Belo Horizonte.
O projeto ambicioso é batizado de “Colosso 1” e prevê um investimento de R$ 25 bilhões até 2029, com início em junho deste ano, que é a data esperada para início da construção do complexo.
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O valor impressiona. Para se ter uma ideia, recentemente a Chevrolet descongelou um investimento de R$ 10 bilhões para fabricação de novos veículos no estado de SP, por exemplo, e a Renault anunciou a aplicação de R$ 1,1 bilhão para produção de cinco novos carros.
A previsão é de que a produção de carros comece em 2023, com um volume estimado de quase 23 mil unidades e mais de 43 mil pacotes de baterias para venda nacional e exportação.
Inclusive, na data em que foi assinado o documento com o governo mineiro, a fabricante tratou de assinar um protocolo de cooperação com a Agência Brasileira de Promoções e Exportações e Investimentos (Apex), para ter apoio em suas ações e garantir que parte de seus produtos seja levada para fora do Brasil.
A empresa também promete gerar cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos até o final do ciclo de investimentos.
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Quem é a Bravo Motor Company?
O grupo ArqBravo Group iniciou suas atividades na Argentina em 2008. No início, a empresa tinha por objetivo a produção do primeiro veículo 100% desenvolvido e produzido na Argentina, que se chamaria APA (Auto Popular Argentina).
No entanto, a companhia não obteve a liberação do governo argentino para operar como fabricante e os planos foram cancelados. A saída, então, foi criar sede nos Estados Unidos, mais especificamente em Merced, Califórnia, onde iniciou a produção de suas primeiras baterias, tetos solares e veículos elétricos.
A empresa já oferece serviços no Brasil com frota de 1,1 mil carros elétricos no estado do Pará, segundo comunicado do governo de Minas Gerais. Agora, busca intensificar suas atividades no país e já registrou CNPJ.
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O CEO da Bravo, Eduardo Javier Muñoz, afirmou que tinha um projeto inicial de construir três unidades fabris no Brasil, que foi reduzida apenas a um complexo, na região sudeste, depois de analisar os esforços para cumprir o primeiro planejamento.
Segundo ele, a startup chega a Minas Gerais para “trazer a indústria 4.0, a eficiência e a transparência aumentadas”. Vale lembrar que na Região Metropolitana de Belo Horizonte fica a fábrica da Fiat, a maior planta automotiva instalada no país e uma das maiores no mundo.
Ainda não se sabe quais modelos serão produzidos no Brasil. No site americano da marca, os veículos elétricos de transporte e serviços são os que mais aparecem. No entanto, há imagens de um subcompacto, com visual parecido com o Dacon 828, criado pelo designer brasileiro Anísio de Campos, em uma pegada mais futurista, e de um SUV compacto.
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