O brasileiro Arthur quebrou o protocolo de segurança da liga espanhola de futebol ao chegar ontem ao treino do Barcelona com uma Ferrari.
Por conta da pandemia do coronavírus, os atletas receberam a orientação de se dirigir aos locais de treinamento utilizando carro próprio, devendo ser sempre o mesmo.
Porém, o veículo que o meia vinha utilizando era um Range Rover Sport SVR preto – foi com esse carro que Arthur foi ao trabalho na sexta passada.
Segundo a imprensa espanhola, a troca de carro já tinha sido comunicada previamente aos inspetores da LaLiga, sob a alegação de que o Range Rover ficou sem bateria.
Tomando alguns cuidados, qualquer um pode evitar que a bateria fique completamente descarregada – algo comum no isolamento social, durante o qual muitos têm deixado o automóvel parado por longo período.
Não sabemos ao certo qual foi o problema elétrico que acometeu o Land Rover do atleta, mas aproveitamos para dar dicas para não deixar a bateria “arriar” durante a quarentena.
A primeira coisa a saber: automóvel é feito para rodar e não gosta de ficar muito tempo parado. O componente que sofre primeiro é justamente a bateria.
Mesmo com o motor desligado, o componente continua descarregando para manter ativas algumas funções essenciais do veículo, que precisam estar acionadas o tempo inteiro, explica Antônio Júnior, diretor de engenharia do Grupo Moura.
Para prevenir a descarga, o especialista recomenda manter o cabo negativo desconectado por um período máximo de dez a 30 dias, dependendo da vida útil restante da bateria.
Depois desse prazo, o recomendado é reconectar o cabo e dar a partida no motor pelo menos uma vez por semana, deixando-o ligado durante um período de 15 a 30 minutos para que o alternador recupere parte da carga perdida.
Sempre em um ambiente arejado, que permita a circulação e a saída dos gases de escape, por motivo de segurança.
Descarga espontânea
Antônio Júnior explica que é necessário dar essa carga semanal porque nem mesmo a retirada do cabo negativo evita a fuga de energia.
“A bateria automotiva é um aparato eletroquímico e possui uma característica chamada descarga espontânea. Naturalmente há perda de poder de partida do veículo com o decorrer do tempo, mesmo com o cabo negativo desconectado”, ensina.
“Quanto mais nova a bateria for, mais devagar acontece esse fenômeno e mais tempo ela pode ficar desconectada”, complementa.
O detalhe é que, ao desligar a bateria do sistema elétrico, vários ajustes do veículo, como data e hora, são “zerados” e é necessário reconfigurá-los depois.
Júnior também destaca que o local onde o carro fica estacionado também deve ser levado em conta.
“Desconecte o cabo negativo caso o veículo se encontre em um lugar seguro, para possa ficar sem o alarme ativo durante esse período. Além disso, quanto menos exposto ao sol o veículo estiver, menor será a velocidade de descarga”.
Quando a bateria deve ser trocada?
A durabilidade do componente vai de dois a três anos, de acordo com fabricantes como a Moura.
Antônio Júnior aponta alguns sinais de que chegou a hora de substituir a bateria:
1 – Motor de partida não arranca: no momento de girar a chave, são ouvidos apenas sons de cliques emitidos pelo motor de partida.
2 – O pistões do motor giram devagar: ao girar a chave, o motor demora a pegar e é percebida uma certa lentidão em seu acionamento.
3 – Indicador de carga da bateria está apagado: a maioria das baterias possui um indicador de carga na parte superior da mesma. Se a luz estiver verde, significa que a bateria está boa para uso; se estiver apagada, pode significar que a bateria já está no final de vida útil ou está apenas descarregada.
O especialista lembra que nem sempre a bateria é a origem de alguma falha. “É importante consultar um profissional especializado para certificar-se de que o problema é na bateria, Às vezes, os sintomas são decorrentes de outro defeito no sistema elétrico”.